Enel terá que ressarcir prejuízos com apagão em SP, diz secretário de Lula
O secretário nacional do Consumidor, Wadih Damous, disse hoje que a Enel vai ter que ressarcir as pessoas que tiveram prejuízos com o apagão no feriado. Milhares de paulistanos ficaram sem energia elétrica após um temporal atingir o estado na última sexta-feira (3).
O que disse o secretário
Prejuízos causados pelo apagão em São Paulo terão que ser ressarcidos. Em entrevista à GloboNews, Damous disse que a Enel deve compensar os consumidores por todos os estragos provocados — direta ou indiretamente — pela falta de energia. Segundo o secretário, cerca de 500 mil domicílios continuam sem luz até agora.
Enel já foi notificada pelo Ministério da Justiça para dar explicações. A empresa tem até 24 horas para esclarecer o que aconteceu em São Paulo e informar "que medidas antecedentes foram tomadas para mitigar [os efeitos de] possíveis catástrofes naturais", ainda de acordo com Damous.
Secretário também criticou modelo de privatizações feitas no Brasil. Para Damous, "há mais sede de lucro do que preocupação com os consumidores", e as concessões de serviços essenciais têm que entrar em debate no Brasil "mais cedo ou mais tarde". "Em diversos países, sobretudo da Europa, essas privatizações de serviços de água, energia e esgoto vêm sendo revertidas", lembrou.
Desde já eu digo aqui: a Enel vai ter que ressarcir todos esses prejuízos. Prejuízos com eletrodomésticos ou prejuízos que direta ou indiretamente tenham sido causados por esse apagão terão que ser ressarcidos pela empresa. (...) Precipitações ambientais, ninguém pode detê-las. Mas diminuir os prejuízos é perfeitamente possível.
Wadih Damous, à GloboNews
Mortos pelas chuvas
Chuvas em São Paulo deixaram sete mortos em seis cidades. Os óbitos foram registrados em São Paulo, Osasco, Santo André, Suzano, Limeira e Ilhabela. Na capital paulista, duas vítimas estavam em um carro atingido por uma árvore que caiu. As outras cinco cidades tiveram uma morte cada, segundo a Defesa Civil.
Enel diz que 413 mil pessoas ainda estão sem luz. A informação é do último boletim divulgado pela empresa na manhã de hoje. O secretário Wadih Damous, porém, disse que há 500 mil domicílios sem energia. A previsão da Enel é que toda a população afetada, que chegou a 2,1 milhões no pico de desabastecimento, tenha energia até amanhã.
Muitas pessoas precisaram se hospedar em hotéis. Outras perderam tudo que estava na geladeira. Uma idosa de 89 anos que usa respirador teve que passar a noite em um hospital porque estava sem luz em casa.
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