Professora, não foi a única: conheça os bilionários que doaram fortunas

A ex- professora Ruth Gottesman, 93, abriu mão da fortuna de US$ 1 bilhão, o equivalente a R$ 4,95 bilhões, para garantir os estudos dos alunos da faculdade de medicina Albert Einstein, no bairro do Bronx, em Nova York. O valor doado por ela garante aos alunos da instituição aulas gratuitas "para sempre". Viúva de David Gottesman, um dos primeiros investidores na Berkshire Hathaway, ela é pesquisadora e faz parte o conselho da Universidade. Apesar da repercussão, ela não é a única.

Um dos movimentos filantrópicos mais conhecidos é o Giving Pledge. Criado por Warren Buffett, Melinda French Gates e Bill Gates, o Giving Pledge reúne nomes como a ex-CEO. do YouTube, Susan Wojcicki, e seu marido, o empresário Dennis Troper, Sheryl Sandberg, ex-COO do Facebook e seu então marido, David Goldberg, morto em 2015, e MacKenzie Scott, ex-mulher de Jeff Bezos. São 240 signatários de 29 países diferentes, que se comprometem a doar pelo menos metade de seu patrimônio para a filantropia durante a vida, com o intuito de diminuir a desigualdade no mundo. Conheça alguns dos super-ricos que estão doando sua riqueza para causas humanitárias.

Marlene Engelhorn, 31

Sem saber o que fazer com a herança, austríaca convoca população para ajudar. Em janeiro, a herdeira da empresa química alemã Basf, Marlene Engelhorn, enviou 10 mil convites, aleatoriamente, para cidadãos austríacos para que eles a ajudem a decidir o que fazer com seus 25 milhões de euros, algo próximo da casa dos R$ 133 milhões.

Quem não recebeu a carta também pode participar. Os interessados têm a opção de se inscrever por telefone ou online. A ideia é selecionar 50 pessoas que a aconselharão como ela deve doar a herança que sua avó Friedrich Engelhorn, fundadora da BASF deixou para ela.

O valor de doação ainda não foi divulgado. No entanto, Marlene já declarou que quer doar 90% da sua herança para combater a desigualdade na Áustria.

Nikhil Kamath, 44

Com um patrimônio de US$ 4,7 bilhões, o co-fundador da corretora online Zerodha, Nikhil Kamath investe parte do seu dinheiro em ações de filantropia na Índia, país onde nasceu. Em 2021, segundo o Global Indian, os irmãos Kamath (Nikhil e Nithin) doaram 25% de sua fortuna para caridade.

Nikhil Kamath foi a pessoa mais jovem a assinar o Giving Pledge, aos 36 anos. Ele entrou para o grupo em 2023.

No Brasil e América do Sul

Elie Horn, 80

Elie Horn é considerado um dos maiores filantropos do Brasil. Ele doou 60% da sua fortuna para caridade. O fundador da Cyrella, empresa incorporadora e construtora de imóveis residenciais, também é o primeiro brasileiro a integrar o Giving Pledge.

Continua após a publicidade

Em 2028, o empresário criou o Movimento Bem Maior. A organização procura reunir uma rede de pessoas para transformar a realidade do país. Atualmente, está nas cinco regiões do país apoiando mais de 70 organizações e projetos sociais. Organizações como o Gerando Falcões, Instituto Mano Down, Fundação Dom Cabral, entre outros, estão na lista de instituições apoiadas.

Além de Elie Horn, outros empresários brasileiros integram o Movimento Bem Maior. Entre os associados estão Rubens Menin (MRV Construtora), Eugênio Matar (Localiza), Jayme Garfinkel (Porto), o apresentador Luciano Huck, entre outros.

David Vélez, 42 e Mariel Reyes, 42

O co-fundador e CEO do Nubank, David Vélez, e sua esposa, a economista Mariel Reyes, também aderiram ao Giving Pledge. Para doar parte da fortuna, o casal criou em 2022 a plataforma filantrópica VélezReyes+, que pretende apoiar iniciativas na área de educação e formação de liderança na América Latina.

A plataforma financia ONGs. Além dos recursos, a plataforma oferece acesso à tecnologia para que a instituição possa se desenvolver e escalar, gerando um impacto maior na comunidade local. A ideia é expandir o acesso a oportunidades para todas as pessoas da América Latina.

Três formas de apoio. A plataforma apoia ações para a primeira infância, ações que melhorem a qualidade do ensino nas escolas públicas e aquelas que ajudem profissionais que queiram atuar com tecnologia. Essas áreas já eram atendidas pelo reprograma, fundado por Mariel, quando deixou o Banco Mundial.

Continua após a publicidade

Segundo a Bloomberg, o patrimônio de Veléz é estimado em US$ 7,8 bilhões. Em agosto de 2023, ele anunciou que vendeu 3% das ações do Nubank para financiar as ações de filantropia, levantando cerca de R$ 191 milhões.

Deixe seu comentário

Só para assinantes