Mercado eleva previsão de taxa Selic a 10% ao ano para o fim de 2025

Apesar da manutenção das expectativas de que a taxa básica de juros permanecerá inalterada em 10,5% ao ano até o fim de 2024, os analistas do mercado financeiro elevara a projeção para dezembro do ano que vem. Segundo dados apresentados nesta segunda-feira (19) pelo BC (Banco Central), os analistas projetam que a taxa Selic encerrará 2025 em 10% ao ano, expectativa 0,25 ponto percentual acima da revelada há uma semana.

O que aconteceu

Mercado prevê corte menor dos juros no ano que vem. A expectativa aponta que a taxa Selic chegará ao final de 2025 em 10% ao ano. A projeção é 0,25 ponto percentual maior do que a apresentada na semana passada (9,75%) e 0,5 ponto percentual superior à estimada há quatro semanas (9,5%).

Expectativa sinaliza para a manutenção da Selic nas próximas reuniões. Conforme as novas projeções, os analistas estimam que a taxa básica de juros será mantida em 10,5% ao ano nas três reuniões até a virada do ano. Os encontros estão marcados para setembro, novembro e dezembro.

Banco Central admite elevar taxa básica de juros. A última ata do Copom (Comitê de Política Monetária) destaca que a autoridade monetária "não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado".

Taxa de juros é ferramenta para conter alta dos preços. Ao elevar a taxa Selic, o Banco Central inibe o poder de compra da população. Com a demanda menor e a permanência da oferta estática, a tendência é de que a inflação tenha menor força. O contrário acontece quando o Copom reduz os juros, o que estimula o consumo e a economia.

Inflação

Previsão mostra inflação maior pela quinta semana seguida. Segundo a divulgação desta segunda-feira, o mercado financeiro estima alta de 4,22% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) neste ano. Há uma semana, a expectativa era de avanço de 4,2% do indicador.

Para este mês de agosto, a previsão é que o IPCA apresente alta de 0,1%. Isso representa que a inflação deve perder força diante do avanço de 0,38% dos preços em julho. Para setembro e outubro, as projeções são de alta do índice oficial são de 0,23% e 0,3%, respectivamente.

As previsões de inflação mais elevada são acompanhadas pela cotação do dólar. Os analistas voltaram a observar a moeda norte-americana mais cara ao final deste ano, em R$ 5,31. Também subiram as projeções para os preços administrados, como combustíveis e planos de saúde, que passaram de 4,75% para 4,77%.

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As expectativas para a inflação de 2025 recuaram. Mesmo com a projeção de corte menor dos juros no próximo ano, os analistas reduziram de 3,97% para 3,91% as apostas para o avanço do IPCA. Já para os anos de 2026 e 2027, as projeções permanecem em, respectivamente, 3,6% e 3,5%.

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