Salto: dólar perdeu força após desencanto com medidas prometidas por Trump

A moeda americana perdeu fôlego, nesta quarta-feira (22), após desencanto do mercado com medidas que o presidente Donald Trump pretende adotar nos Estados Unidos, avaliou o economista e colunista Felipe Salto no UOL News, do Canal UOL.

Se o dólar cai, pode ser que está perdendo força, ou pode ser que o real está ganhando força, porque a gente está fazendo políticas adequadas, dando boas sinalizações e atraindo mais dinheiro para o Brasil. No caso de hoje, eu acho que está acontecendo um pouco das duas coisas.

Com a posse do Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, e, de certo modo, esse desencanto em relação às expectativas quanto às políticas que ele vai adotar por lá, de um maior protecionismo, políticas tarifárias e a materialização de algo que não será tão agressivo a ponto de não afetar a economia americana... O que acontece? Economias como o Brasil ganham. O fluxo de capitais vem para os países onde os ganhos são bastante altos Felipe Salto, colunista do UOL

O dólar manteve a trajetória das duas últimas sessões e caiu mais uma vez na tarde de hoje. Pela primeira vez desde dezembro do ano passado, a moeda fechou abaixo dos R$ 6. Ao término das negociações, a moeda fechou sendo vendida a R$ 5,946, uma queda de 1,4%.

As decisões de Donald Trump continuam no radar do mercado, como a promessa de taxar as importações com origem na China, Canadá, México e União Europeia tem balizado as expectativas.

Eu vejo um certo realinhamento. O governo percebeu que fez pouco e prometendo fazer mais. Essa lista de 25 medidas aí do ministro, ainda que seja genérica, tem ali um componente importante que é o chamado reforço do arcabouço fiscal.

E, por outro lado, a questão do próprio Estados Unidos e de uma certa materialização de um cenário, talvez, com todos os problemas que a gente possa discutir dos disparates anunciados lá pelo Donald Trump, menos gravoso. Felipe Salto, colunista do UOL

Reverendo: 'Bispa teve fala potente, e Trump tentou desqualificá-la'

No UOL News, o reverendo Arthur Cavalcante, deão da Catedral Anglicana de São Paulo, disse que a bispa Mariann Edgar Budde teve fala potente ao pedir misericórdia para minorias, e o presidente Donald Trump tentou desqualificá-la. O religioso pertence à mesma denominação da bispa.

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A bispa estava na sua na sua prerrogativa de emitir a declaração, feita também diante de outros líderes religiosos não só da Igreja Episcopal, mas também de pessoas judias, muçulmanas, budistas, pentecostais, batistas, católicos.

A reação do Trump foi realmente uma reação de quem não suportou uma crítica, aliás, uma crítica elegante, uma fala sem afetação nenhuma, ao ser direcionada diretamente ao líder da nação, que se compromete com a Constituição, se compromete com valores daquele país, valores democráticos.

Então, quando Trump traz essa fala, desqualifica a posição dela como mulher, como líder religiosa do seu próprio país. É uma fala que tira o foco. A essência dessa fala em relação às medidas que são tomadas em relação aos migrantes e LGBTs para dizer que é uma fala de uma esquerdista, uma fala que ele não consegue qualificá-la, colocá-la num compartimento e ali isolá-la. Isso é triste. Reverendo Arthur Cavalcante, deão da Catedral Anglicana de São Paulo

Pontes sobre Bolsonaro: 'amigo não concorda com tudo, senão seria puxa-saco'

No UOL News, o senador Marcos Pontes confirmou a manutenção de sua candidatura à presidência do Senado e negou que esteja chateado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após troca de farpas.

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Eu sou amigo do Bolsonaro há muito tempo, e amigo é assim mesmo: às vezes concorda, às vezes não. Faz parte. Aquela manifestação dele também foi num dia em que ele estava chateado porque gostaria de estar na posse do Trump. Mas não tem problema, a gente segue.

Essa minha candidatura é uma candidatura independente do partido, o que deixa o partido numa situação muito tranquila de fazer os acordos que quiser, seja com Davi Alcolumbre ou qualquer outro candidato que desejarem. Mas eu continuo [nessa campanha]. Senador Marcos Pontes

A disputa entre os dois teria ocorrido após o senador rebater o ex-presidente, seu antigo aliado, e reiterar a sua pré-candidatura à presidência do Senado. Sem citar o nome de Bolsonaro, o político paulista afirmou no X (antigo Twitter) que "a arrogância pode fechar portas".

O ex-presidente apoia o nome de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se queixou publicamente da "disciplina" de seu ex-ministro da Ciência e Tecnologia e falou em "honrar a palavra dada".

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h, com apresentação de Fabíola Cidral, e às 17h, com Diego Sarza. Aos sábados, o programa é exibido às 11h e 17h, e aos domingos, às 17h.

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