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China alivia aperto monetário, mas ações de bancos sofrem

24/06/2013 10h13

Por Gabriel Wildau e Lu Jianxin

XANGAI, 24 Jun (Reuters) - A China afrouxou seu aperto monetário nesta segunda-feira, depois que o banco central agiu para evitar que o mercado de dinheiro congelasse, mas as ações do setor bancário caíram, visto que as autoridades deixaram claro que os dias de recursos baratos ilimitados oficiais estão acabados.

As ações chinesas sofreram a maior perda diária em quase quatro anos, com queda de mais de 7 por cento nas ações do setor financeiro, após o Banco Popular da China ter informado que os bancos precisam desempenhar melhor a tarefa de administrar o dinheiro e seus empréstimos.

As taxas do mercado de dinheiro subiram fortemente na semana passada, quando o banco central, reconhecido como uma fonte de dinheiro barato usado para financiar o vasto sistema de "shadow banking" da China (sistema bancário sem regulação), ficou fora, permitindo uma queda acentuada nos recursos para financiamentos.

O aperto repentino dos mercados de dinheiro, que viram alguns bancos pagando uma taxa de juros de 25 por cento por recursos, espalhou os temores de que a última tentativa de Pequim de guiar a segunda maior economia do mundo para o crescimento mais balanceado, menos dependente do investimento conduzido pelo crédito, poderia ter resultados indesejados.

No pior cenário, os mercados de dinheiro podem congelar, levando os credores mais fracos à inadimplência, repetindo o que aconteceu no Ocidente após o colapso do Lehman Brothers em 2008. Isso atingiria toda a economia da China, seus principais parceiros comerciais e a economia internacional como um todo.

Nesta segunda-feira, entretanto, esse cenário parecia menos provável, depois que as taxas de curtos prazo recuaram pelo segundo dia consecutivo, embora as ações de bancos individualmente tenham caído.

Em comunicado publicado em seu site nesta segunda-feira, o BC procurou acalmar os temores de que os menores participantes do mercado possam ser excluídos, sugerindo que as instituições maiores devem fazer o papel delas e continuar fornecendo recursos aos outros.