Dilma fala em 'medidas drásticas' em 2015 para recuperação da economia
BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que a economia do país irá se recuperar nos próximos anos mesmo sem uma melhora no cenário internacional, numa mudança de discurso após ter passado meses usando a fraca atividade externa para justificar o baixo crescimento do Brasil.
Durante café da manhã com jornalistas, a presidente indicou que o seu governo terá que adotar "medidas drásticas" na economia no ano que vem. Ela citou como exemplo disso o aumento anunciado no fim de sexta-feira das taxas de juros para novos empréstimos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
A presidente disse, porém, que essas medidas drásticas não atingirão os programas sociais e que não há ainda uma estimativa de cortes orçamentários ou de aumento de receitas para 2015.
"Nós vamos nos preparar para organizar a casa para ter uma retomada (do crescimento)", disse a presidente. "Para isso, temos que tomar medidas mais drásticas. Isso não significa que vamos reduzir os programas sociais", prosseguiu.
"Temos que ter controle maior sobre alguns outros gastos, fazer algumas reformas, microrreformas", afirmou ela, sem detalhar.
A economia brasileira deve ficar praticamente estagnada em 2014, com variação positiva de apenas 0,13%, segundo estimativa mais recente de economistas no boletim Focus, do Banco Central. Para 2015, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) deve ser de 0,55%.
Ajuste fiscal
Dilma afirmou ainda que recentes estimativas divulgadas pela imprensa sobre um ajuste fiscal de R$ 100 bilhões "não foram discutidas".
Na semana passada, a Reuters publicou reportagem afirmando que o governo estaria planejando um pacote de cortes orçamentários e aumento de impostos no valor de até R$ 100 bilhões, em uma tentativa agressiva para recuperar a confiança dos investidores em um momento de crescente pressão sobre os mercados emergentes.
No encontro com jornalistas nesta manhã, Dilma disse que até agora "não foi discutido" com ela nenhum aumento de imposto.
A presidente afirmou ainda que não trabalha com um cenário de "crise de especulação de moeda como houve no passado", ao comentar a situação da Rússia e do grupo dos Brics.
(Por Jeferson Ribeiro)
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