Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Céticos, ministros da zona do euro avaliam terceiro resgate à Grécia

Philip Blenkinsop e Robert-Jan Bartunek

11/07/2015 13h35Atualizada em 11/07/2015 13h35

BRUXELAS (Reuters) - Ministros de Finanças europeus céticos se reúnem neste sábado para decidir se negociam um terceiro resgate para a Grécia depois de o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, ganhar apoio dos parlamentares para as dolorosas medidas de austeridade que seu partido de esquerda foi eleito para evitar.

Wolfgang Schaeuble, ministro das Finanças da Alemanha, maior credor da Grécia e um defensor veterano de regras orçamentárias da UE, disse que as negociações seriam "extremamente difíceis".

Desde que Tsipras assumiu o poder em janeiro, disse ele, o otimismo emergente sobre a Grécia vinha sendo "destruído de uma maneira incrível nos últimos meses".

Outros ministros que chegavam para a reunião do Eurogrupo também falaram de uma falta fundamental de confiança depois de anos de promessas quebradas pelos gregos.

No entanto, fontes familiarizadas com uma reunião preparatória mais cedo neste sábado disseram que assessores dos ministros haviam endossado com reservas uma recomendação por parte das instituições da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI) de que as propostas de Tsipras fornecem uma base para iniciar as negociações.

"Nós ainda estamos longe", disse Jeroen Dijsselbloem, ministro das Finanças holandês que estava presidindo a reunião. "Tanto no lado do conteúdo como da questão mais complicada de confiança, ainda que esteja tudo bom no papel, a questão é se isso vai sair do chão e vai acontecer ... Nós estamos enfrentando uma negociação difícil."

Em Atenas, Tsipras teve de contar com votos da oposição da direita no Parlamento depois de alguns de seus parlamentares de esquerda resistirem a cortes de gastos, aumento de impostos e outras medidas que ele propôs, a fim de desbloquear 54 bilhões de euros em uma linha de crédito de três anos.

Mas a Alemanha, o maior credor em dois resgates anteriores, totalizando 240 bilhões de euros desde 2010, está profundamente cética depois de cinco meses de negociações com Tsipras.

Por outro lado, uma afirmação positiva sobre as propostas gregas feita por parte da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI na noite de sexta-feira, aliada a comentários otimistas da França, levantaram expectativas de que o Eurogrupo liberaria novas negociações sobre empréstimo.