BCE corta taxa de depósito como esperado, e vai anunciar mais medidas de estímulo
Por Balazs Koranyi e John O'Donnell
FRANKFURT (Reuters) - O Banco Central Europeu (BCE) cortou uma de suas taxas de juros e prometeu apresentar mais medidas nesta quinta-feira para combater a inflação baixa, testando os limites da política monetária e esperando melhorar sua credibilidade.
Cumprindo sua promessa de fazer o que for preciso para impulsionar a inflação "o mais rápido possível", o BCE levou sua taxa de depósito ainda mais dentro do território negativo e disse que o presidente do banco, Mario Draghi, vai anunciar mais medidas na entrevista à imprensa às 11h30 (horário de Brasília).
Com a inflação perto de zero e provavelmente permanecendo abaixo da meta do banco de quase 2 por cento nos próximos anos, o BCE se comprometeu fortemente em agir, deixando os investidores discutindo apenas quais medidas o banco escolheria de uma lista excepcionalmente longa e algumas vezes controversa.
Como amplamente esperado pelos analistas, o BCE cortou sua taxa de depósito para -0,30 por cento ante -0,20 por cento, cobrando mais dos bancos por deixarem seu dinheiro com o banco central, revertendo sua orientação anterior de que as taxas haviam atingido o limite mais baixo.
O BCE também deve estender seu programa de compra de ativos para além de setembro e aumentar as compras mensais de títulos para 75 bilhões de euros ante os atuais 60 bilhões de euros.
A principal taxa de juros do BCE, que determina o custo do empréstimo para bancos no leilão semanal do BCE, permaneceu em 0,05 por cento, e a taxa de empréstimo também foi mantida em 0,30 por cento.
Críticos do afrouxamento, liderados pelos dois membros alemães do Conselho, dizem que a política já está excepcionalmente frouxa e que o maior motivo para a inflação estar em torno de zero é a queda nos preços do petróleo.
A esperada alta da taxa de juros pelo Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, também complica a decisão.
Mas autoridades do BCE têm focado seus esforços na inflação, alertando que não atingir a meta de novo arrisca prejudicar a credibilidade do BCE e tornar a política monetária menos efetiva.
(Reportagem adicional por Francesco Canepa)
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