Criação de empregos nos EUA em abril é a menor em 7 meses

WASHINGTON, 6 Mai (Reuters) - A economia dos Estados Unidos criou o menor número de empregos em sete meses em abril, e muitos norte-americanos deixaram a força de trabalho, sinais de fraqueza que levantam dúvidas sobre se o Federal Reserve (Fed, banco central do país) vai elevar os juros antes do fim do ano.

A criação de vagas fora do setor agrícola somou 160 mil no mês passado, com o crescimento baixo das contratações no setor de construção e com a perda de postos no varejo, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (6).

Este foi o menor ganho desde setembro, e abaixo da média de criação de 200 mil vagas do primeiro trimestre.

Os empregadores criaram 19 mil postos de trabalho a menos em fevereiro e março do que anteriormente divulgado. Embora a taxa de desemprego tenha se mantido em 5%, isso foi por causa da saída de pessoas da força de trabalho.

Economistas consultados pela agência de notícias Reuters projetavam criação de 202 mil postos de trabalho no mês passado e manutenção da taxa de desemprego em 5%.

O crescimento menor da geração de empregos pode levantar preocupações de que a fraqueza na atividade econômica geral está se espalhando para o mercado de trabalho. O crescimento econômico desacelerou com força no primeiro trimestre deste ano.

A renda média por hora trabalhada foi o ponto positivo do relatório, subindo US$ 0,08, ou 0,3%, no mês passado. O aumento anual foi de 2,5%, ante 2,3% em março, ainda abaixo dos 3% que os economistas dizem ser necessários para levar a inflação para a meta de 2% do Fed.

O banco central norte-americano fez uma avaliação bastante otimista do mercado de trabalho no mês passado, dizendo que as condições haviam "melhorado ainda mais".

O Fed elevou a taxa de juros em dezembro pela primeira vez em quase uma década. Autoridades do Fed preveem mais dois aumentos este ano.