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Programas sociais serão mantidos, mas sofrerão forte avaliação, diz Meirelles

Pedro Ladeira/Folhapress
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Marcela Ayres

13/05/2016 13h27

BRASÍLIA, 13 Mai (Reuters) - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta sexta-feira (13) que é preciso haver "avaliação bastante forte e bastante cuidadosa" dos programas sociais, após ter destacado a sustentabilidade futura da dívida pública como principal prioridade em termos de política econômica.

"O fato de se manter um programa social não quer dizer que se possa manter mau uso", afirmou Meirelles na sua primeira coletiva de imprensa no cargo, durante a qual reiterou que o governo tomará medidas duras mirando o reequilíbrio das contas públicas.

Ele, no entanto, não anunciou nenhuma medida concreta, argumentando que elas virão "no momento certo", para que sejam "maturadas".

Neste cenário, Meirelles não descartou aumento de impostos ou a retomada da CPMF, afirmando que caso seja necessário, um tributo será aplicado de forma temporária.

Nova equipe

Segundo o ministro, os membros de sua equipe serão anunciados na segunda-feira (16), incluindo quem presidirá o Banco Central. Meirelles adiantou que Tarcísio Godoy será seu secretário-executivo e, quando questionado sobre a permanência de Alexandre Tombini à frente do BC, disse que o anúncio não significava necessariamente que o presidente não seria o mesmo.

Ainda sobre equipe, Meirelles afirmou que as nomeações para os bancos públicos serão feitas com base em critérios técnicos e que ele irá avaliar os nomes, independentemente de filiações partidárias ou indicações.

Ainda sem apresentar medidas concretas, Meirelles afirmou que a inflação vai voltar para a meta e que a política fiscal vai ajudar no processo de convergência para o alvo fiscal. Este ano, a meta é de 4,5% pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) com margem de tolerância de dois pontos.

(Edição de Patrícia Duarte)

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