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Usiminas reduz prejuízo no 2º tri para R$ 123 milhões

28/07/2016 10h24

SÃO PAULO (Reuters) - A Usiminas divulgou nesta quinta-feira (28) o oitavo resultado trimestral negativo consecutivo, mas os números mostraram uma redução no prejuízo, em meio à suspensão de obrigações financeiras de empresa junto a bancos credores e esforços de reestruturação de suas operações.

A companhia teve prejuízo líquido de 123 milhões de reais no segundo trimestre ante resultados negativos de 151 milhões de reais no primeiro trimestre e de 781 milhões de reais entre abril e junho de 2015.

A Usiminas, apesar de viver uma disputa entre seus controladores Nippon Steel e Techint que se arrasta desde 2014, conseguiu neste mês prorrogar por mais 60 dias acordo com bancos para suspensão de obrigações financeiras.

Com a suspensão das obrigações, acordada inicialmente em março, e um aumento de capital de 1 bilhão de reais realizado no final de junho, a empresa terminou o semestre com 2,7 bilhões de reais em caixa.

A companhia apurou geração de caixa positiva de 61 milhões de reais quando medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Um ano antes o Ebitda havia sido negativo em 755 milhões de reais. No primeiro trimestre deste ano, ficou positivo em 50 milhões de reais.

A margem Ebitda passou para 3 por cento, ante 2 por cento no primeiro trimestre. No segundo trimestre de 2015, a margem havia sido negativa em 28 por cento.

A relativa melhora no Ebitda veio com corte nos investimentos, que caíram para 50 milhões de reais no segundo trimestre, ante 70 milhões nos três primeiros meses do ano e 226 milhões no segundo trimestre de 2015.

A Usiminas, que tem capacidade para cerca de 9 milhões de toneladas de aço por ano, produziu de abril a junho 776 mil toneladas, elevando o total da primeira metade do ano para 1,570 milhão de toneladas, 42 por cento abaixo do mesmo período de 2015. A empresa paralisou a produção de aço bruto na usina de Cubatão no início do ano, mantendo atividade na usina de Ipatinga (MG).

As vendas de aço da companhia somaram 899 mil toneladas no segundo trimestre, praticamente estável ante os três primeiros meses do ano, mas queda de cerca de 30 por cento sobre um ano antes.

Já as vendas de minério de ferro recuaram a 787 mil toneladas no trimestre passado, quedas de 20 por cento sobre o primeiro trimestre deste ano e de 35 por cento na comparação anual.

Com isso, a receita líquida da companhia somou 2,028 bilhões de reais nos três meses encerrados em junho, praticamente estável sobre o primeiro trimestre, mas 24 por cento menor que no segundo trimestre de 2015.

O custo dos produtos vendidos mostrou evolução, recuando de 2,571 bilhões de reais no segundo trimestre do ano passado para 2,025 bilhões nos três meses terminados em junho.

 

(Por Alberto Alerigi Jr., edição Paula Arend Laier)