RIOgaleão pagará cerca de R$4 bi ao governo federal, diz presidente
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente da concessionária RIOgaleão, Luiz Rocha, afirmou nesta quarta-feira que o consórcio que administra o aeroporto internacional Tom Jobim (RJ) vai antecipar parcelas anuais da outorga do terminal e quitar dívidas do ano passado totalizando cerca de 4 bilhões de reais.
O executivo afirmou que os recursos incluem aportes dos sócios, empréstimo de longo prazo do BNDES e de um novo sócio que está comprando a participação do grupo Odebrecht no consórcio. Rocha disse ainda que pretende apresentar ao governo na próxima semana o plano de reperfilamento de pagamento das parcelas anuais da outorga do aeroporto.
Mais cedo, o ministério dos Transportes publicou portaria no Diário Oficial da União regulando a reprogramação do cronograma de pagamento das outorgas de aeroportos cujos contratos de concessão foram assinados até o ano passado.
Na véspera, fonte próxima do assunto afirmou à Reuters que a União espera receber 4,5 bilhões de reais com a saída do grupo Odebrecht do consórcio que administra o Galeão e a entrada de um novo sócio, que pode ser o grupo chinês HNA.
"O pagamento vai englobar 2016, 2017 e mais alguma (parcela da) outorga. O valor é próximo de 4 bilhões de reais", disse Rocha.
"Com a entrada do novo sócio o consórcio fica pronto para o futuro. Ainda não posso dizer quem é o novo sócio. Talvez seja revelado essa semana", acrescentou.
O consórcio RIOgaleão venceu o leilão do aeroporto em 2013 com um lance de 19 bilhões de reais, um ágio de quase 300 por cento. Atualmente a Odebrecht Transport tem 60 por cento de participação na fatia de investidores privados de 51 por cento da RIOgaleão. A Infraero tem os 49 por cento restantes.
O HNA tornou-se mais conhecido no Brasil após investir 450 milhões de dólares na companhia aérea Azul no ano passado.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
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