Presidente da Câmara diz que votação da reforma da Previdência começa dia 8
BRASÍLIA, 25 Abr (Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (25) que o presidente Michel Temer está confiante na aprovação de "uma boa reforma da Previdência" pelo Congresso e que a ideia é começar a votação da matéria no dia 8 de maio, mantendo a previsão inicial.
"Se a gente não tivesse voto, poderia mudar para o dia 15, mas quem disse que a gente não vai ter voto dia 8?", disse Maia a jornalistas após reunião com governadores e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
O encontro teve por objetivo de esclarecer a reforma da Previdência para os governadores, disse Maia, que acredita ter havido uma boa aceitação sobre os termos da proposta.
"A minha opinião é que (existe) um clima muito positivo sobre a importância da reforma da Previdência, porque se nós não dermos uma solução, sem dúvida nenhuma os municípios, os Estados e a União serão engolidos pela falta de condições de cumprir seus compromissos", declarou. "os governadores têm influência sobre parte da base."
Questionado sobre a decisão do PSB de fechar questão contra as reformas propostas pelo governo, Maia disse que acredita que os deputados do partido "vão avaliar com cuidado" a questão.
"Não tenho nenhuma dúvida que deputados do PSB e a própria direção poderão nos próximos dias avaliar com cuidado a importância que tem a reforma da Previdência e a reforma trabalhista", afirmou.
Sem mudança
Maia disse ainda que não se cogita uma mudança no texto da reforma da Previdência elaborado pelo relator Arthur Oliveira Maia (PPS-BA).
"Não estou sabendo de nenhuma mudança na questão dos servidores públicos", declarou. "Há um acordo do relator conosco de que não vai mais mexer no texto. Não temos mais condições de mexer no texto...O servidor tem que entender que sem a reforma da Previdência o Brasil quebra, a inflação sobe e o salário dele não vale nada."
Segundo o presidente da Câmara, a reforma da Previdência terá que ser alterada no futuro. "Tem alguns temas que não foram tratados desta vez, e precisarão ser tratados no futuro, como as Forças Armadas e as polícias militares. Esse não é um tema que acaba nessa votação."
(Reportagem de Anthony Boadle; texto de Tatiana Ramil; edição de Alexandre Caverni e Raquel Stenzel)
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