IGP-DI cai 1,24% em abril após recuo no atacado e menor pressão ao consumidor, diz FGV
SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou a queda em abril a 1,24 por cento, depois de ter recuado 0,38 por cento em março, em meio à forte queda dos preços no atacado e também à desacleração da alta ao cosumidor.
Segundo os dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta terça-feira, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) ampliou a queda a 1,96 por cento em abril, após recuo de 0,78 por cento em março. O índice responde por 60 por cento do IGP-DI.
O destaque dentro do IPA ficou com as Matérias-Primas Brutas, cujos preços recuaram 5,83 por cento, após queda de 1,51 por cento em março. Colaboraram para esse movimento os preços do minério de ferro, da mandioca e da laranja.
A inflação ao consumidor também colaborou para o resultado ao mostrar menor pressão, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) avançando 0,12 por cento no período, depois de uma alta de 0,47 por cento no mês anterior. O IPC-DI mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 33 salários mínimos mensais e corresponde a 30 por cento do IGP-DI.
No IPC, a maior contribuição partiu do grupo Habitação, que recuou 0,69 por cento, ante avanço de 1,10 em março, com destaque para o item tarifa de eletricidade residencial.
Os grupos Vestuário, Despesas Diversas, Educação, Leitura e Recreação e Alimentação também apresentaram taxas mais fracas.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), por sua vez, recuou 0,02 por cento em abril, ante alta de 0,16 por cento em março. O INCC representa 10 por cento do IGP-DI.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
(Por Thaís Freitas)
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