Trajetória atual de queda dos juros continua adequada, diz Ilan
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quarta-feira que a autoridade monetária não mudou sua mensagem sobre a trajetória da taxa de juros, ou seja, de que o "atual ritmo de queda é adequado", mas que a conjuntura recomenda "monitorar a evolução dos determinantes do grau de antecipação do ciclo".
"Estamos ponderando qual o grau de antecipação adequado, entre o atual ritmo e uma intensificação adicional moderada", afirmou Ilan, segundo apresentação disponibilizada pelo BC. "Não há definição no momento, a decisão ocorrerá apenas na próxima reunião do Copom (no final do mês)", acrescentou.
"Nesse sentido, a nossa mensagem atual permanece a mesma da
ata (do Copom), afirmou.
A Selic está hoje em 11,25 por cento ao ano, depois de dois cortes de 0,25 ponto percentual cada, dois de 0,75 ponto e um de 1 ponto.
Com indicadores de inflação cada vez mais fracos e dados econômicos que têm decepcionado, o mercado financeiro passou a apostar que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai intensificar o ritmo e reduzir a taxa básica de juros em 1,25 ponto percentual.
Diversos bancos e corretoras também mudaram suas previsões, como o Itaú Unibanco, que vê a Selic em 7 por cento no final desse ciclo, o que seria novo recorde de baixa.
Segundo Ilan, o Copom vai levar em consideração "o grau desejado de antecipação do ciclo, por um lado, pela evolução da conjuntura econômica e, por outro lado, pelas incertezas e fatores de risco que ainda pairam sobre a economia".
O presidente do BC também afirmou que o país tem feito esforços para melhorar a produtividade, por meio de reformas microeconômicas. E também voltou a ressaltar a reforma fiscal e a reforma trabalhista.
"Iniciativas de política e as reformas implementadas neste curto período já vêm mostrando resultados positivos", afirmou Ilan, acrescentando que o país está menos vulnerável a choques externos.
Segundo pesquisa Focus do BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas, as projeções são de que o IPCA, índice oficial de inflação, subirá 3,93 por cento neste ano e 4,35 por cento em 2018. Em ambos os casos, estão abaixo do centro da meta do governo --de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto percentual.
(Por Patrícia Duarte)
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