Ibovespa sobe com ajuste; cautela com política permanece
Por Flavia Bohone
SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice da Bovespa subia nesta terça-feira, após quedas recentes abrirem algum espaço para compras, mas com o cenário político ainda no centro das atenções em meio à espera pelos desdobramentos das denúncias que atingiram o presidente Michel Temer.
Às 12:01, o Ibovespa subia 1,66 por cento, a 62.698 pontos. O giro financeiro era de 2,8 bilhões de reais.
Para aliviar as preocupações, o governo tenta dar andamento à agenda de reformas, apesar das incertezas em torno de Temer, que terá seu inquérito analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) somente após a conclusão de perícia na gravação feita pelo empresário Joesley Batista, um dos sócios da JBS.
Neste cenário, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado iniciou nesta manhã audiência pública para debater o projeto de reforma trabalhista, com expectativa de apresentação do parecer do relator, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), após o término do debate. Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na véspera que a votação em plenário da reforma da Previdência deve começar entre os dias 5 e 12 de junho.
Em meio ao cenário político conturbado, a agência de classificação de risco Standard & Poor's colocou em observação negativa a perspectiva da nota de crédito soberano do Brasil, hoje em BB.
"Caso reformas andem, pouco importa quem é o presidente e também a observação negativa da S&P divulgada na noite de ontem", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em nota a clientes. "Caso a resposta seja positiva para reformas, os ativos vão melhorar substancialmente no curto prazo, ficando a crise política um evento paralelo e de cunho policial", completaram.
DESTAQUES
- ELETROBRAS PNB avançava 5,7 por cento e ELETROBRAS ON tinha alta de 5,1 por cento. No radar estava o anúncio da empresa do lançamento de um plano de aposentadoria voluntária para até 4.607 empregados, incluindo holding e subsidiárias.
- BR MALLS ON subia 1,3 por cento, após o conselho de administração da empresa aprovar o preço de 11 reais por ação na oferta pública primária com esforços restritos que movimentou 1,73 bilhão de reais.
- PETROBRAS PN subia 1,3 por cento e PETROBRAS ON ganhava 0,8 por cento. No radar estavam anúncios da petroleira, de que iniciou a etapa de divulgação da venda do Campo de Juruá, na Bacia de Solimões, além da quitação de dívida com o Citibank e nova linha de financiamento com a instituição.
- VALE PNA subia 0,3 por cento e VALE ON tinha alta de 0,7 por cento, devolvendo as perdas iniciais, apesar de baixas nos futuros do minério de ferro na China.
- JBS ON caía 5 por cento antes de entrar novamente em leilão, o que já ocorreu várias vezes nesta sessão, mas longe das mínimas vistas mais cedo, quando recuou mais de 12 por cento. Na véspera, o papel despencou mais de 30 por cento diante de preocupações com a governança da empresa em meio a delação de seus executivos e rebaixamento de ratings por agências de classificação de risco. Também no radar neste pregão está a notícia publicada pela Agência Estado de nomeação pelo Banco Central de um auditor no banco Original, do grupo J&F, holding controladora da JBS, a partir desta terça-feira.
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