Idade média do agricultor diminui no país; mulheres ganham espaço, diz pesquisa
SÃO PAULO (Reuters) - A idade média dos produtores rurais do Brasil em 2017 atingiu 46,5 anos, queda de 3,1 por cento ante estudo realizado em 2013, revelou nesta quarta-feira pesquisa da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), realizada pela consultoria IEG FNP.
O estudo, que entrevistou 2.835 agricultores de 15 Estados, apontou ainda que a presença da mulher em funções de decisão nos empreendimentos rurais apresentou salto em quatro anos, triplicando sua importância na gestão da atividade rural de 10 para 31 por cento.
O pesquisa revelou também que 21 por cento dos entrevistados têm curso superior, especialmente agronomia (42 por cento), veterinária (9 por cento) e administração de empresas (7 por cento).
"Essas e outras constatações da nova Pesquisa da ABMRA comprovam a percepção que temos do agronegócio, uma atividade que se reoxigena ano após ano, torna-se mais moderna e produtiva...", afirmou o presidente da associação, Jorge Espanha, em nota.
Além disso, acrescenta a entidade, o estudo representa um confiável banco de dados do agronegócio, que supre a ausência de um levantamento público para um segmento que representa 23 por cento do Produto Interno Bruto nacional.
O objetivo da pesquisa também é identificar o perfil dos produtores rurais brasileiros, incluindo seus hábitos de compra, seu envolvimento com as novas tecnologias e as mídias que consultam para sua informação pessoal e profissional.
A televisão aberta perdeu um pequeno espaço na preferência dos produtores rurais, mas permanece com folga na liderança como o meio de comunicação mais usado por 92 por cento (ante 95 por cento no estudo anterior) dos entrevistados para atualização e informação.
Em quatro anos, os jornais e as revistas perderam mais espaço nas menções do entrevistados.
Segundo o estudo, 75 por cento usam o rádio para se informar (ante 70 por cento no levantamento anterior); a internet é usada por 42 por cento (ante 39); os jornais, 30 por cento (ante 42), a TV paga, 28 por cento (ante 26); e as revistas foram mencionadas por 27 por cento, ante 36 por cento há quatro anos.
Entre as mídias digitais, o aplicativo Whatsapp lidera a preferência dos produtores rurais com 96 por cento, seguido pelo Facebook (67 por cento), YouTube (24 por cento), Messenger (20 por cento), Instagram (8 por cento) e Skype (5 por cento).
(Por Roberto Samora)
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