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Itália liquida dois bancos, socorro pode chegar a 17 bi de euros

25/06/2017 16h41

ROMA/MILÃO (Reuters) - A Itália começou neste domingo (25) a liquidar dois bancos problemáticos, baseados na região de Veneto, em um acordo que implicará a transferência dos bons ativos das instituições para o Intesa Sanpaolo e que poderá ter um custo final para o Estado de até 17 bilhões de euros (US$ 19 bilhões).

O governo pagará 5,2 bilhões de euros para o Intesa, maior banco de varejo da Itália, assumir as melhores partes dos bancos Popolare di Vicenza e Veneto Banca.

Mas o ministro da Economia, Pier Carlo Padoan, disse que o total de fundos "mobilizados" pelo Estado poderá alcançar 17 bilhões de euros, três vezes mais que o inicialmente estimado para recapitalizar os bancos com dinheiro público.

O acordo, que recebeu a aprovação preliminar das autoridades europeias na sexta-feira, permite à Itália resolver sua última crise bancária em seus próprios termos, assegurando aos bancos de Veneto que não recebam um tratamento pior sob as leis europeias, potencialmente mais rígidas. No entanto, o custo para os contribuintes italianos será elevado.

"Os que nos criticam deveriam dizer qual seria a melhor alternativa. Não a vejo", disse Padoan em coletiva de imprensa, depois de o governo passar o fim de semana elaborando um decreto de emergência para liquidar os dois bancos.

O decreto indicou que os bancos e seus empregados serão integrados ao Intesa Sanpaolo na manhã de segunda-feira, uma decisão que busca evitar uma potencial fuga de depósitos que poderia se alastrar pelo setor bancário.

De acordo com o plano, que deverá ser votado pelo Parlamento para se converter em lei em um prazo de 60 dias, os empréstimos problemáticos das instituições, assim como os riscos legais gerados por um escândalo de vendas, serão transferidos para um banco ruim, parcialmente financiado pelo Estado.

Padoan disse que, além dos 5,2 bilhões de euros que o Estado pagará ao Intesa - incluindo 1,2 bilhões de euros para cobrir o corte de funcionários -, também foram oferecidas garantias adicionais de até 12 bilhões de euros para cobrir eventuais perdas decorrentes de diligência acerca de empréstimos podres dos dois bancos.

A Comissão Europeia disse neste domingo que aprovou o plano italiano para socorrer os dois bancos de Veneto com a ajuda dos contribuintes.