IGP-M recua 0,67% em junho e tem deflação no acumulado em 12 meses
SÃO PAULO (Reuters) - O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) reduziu a queda em junho a 0,67%, de 0,93% no mês anterior, mas ainda assim registrou a primeira deflação em 12 vezes em vários anos, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Nos 12 meses até junho, o indicador apresentou deflação de 0,78%, em uma trajetória de alívio dos preços que vinha desde o início do ano. Em maio, o IGP-M teve alta em 12 meses de 1,57%.
Os dados mostram que em junho o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do indicador geral, teve queda de 1,22% no mês, contra recuo de 1,56% em maio. Em 12 meses o IPA recuou 3,21%, ante 0,15% no mês anterior.
O grupo Matérias-Primas Brutas desacelerou a queda a 3,63% em junho, ante recuo de 5,26% em maio, dado o movimento dos itens minério de ferro, cana-de-açúcar e café em grão.
A pressão para o consumidor por sua vez diminuiu, dado que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, recuou 0,08% no período, contra alta de 0,29% em maio. Nos 12 meses até junho também houve desaceleração da alta, que chegou a 3,49% de 3,91% no mês anterior.
A principal contribuição partiu do grupo Habitação, que recuou 0,02%, ante alta de 0,80% em maio. Nesta classe de despesa, destaca-se o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acelerou a alta no mês a 1,36%, contra 0,13% em maio, com forte pressão do custo da Mão de Obra. Em 12 meses, porém, a alta do INCC enfraqueceu a 5,12%, contra 5,29% em maio.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.
(Por Thaís Freitas e Camila Moreira)
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