Maggi apoia tarifa ao etanol importado e diz que decisão cabe à Camex
SÃO PAULO (Reuters) - A decisão sobre taxar importações de etanol cabe à Câmara de Comércio Exterior (Camex), disse nesta sexta-feira o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que reafirmou seu apoio à imposição de tarifas diante de um forte crescimento das compras externas que tem afetado produtores locais.
"Fiz um comunicado à Camex a favor do pleito dos produtores do Nordeste. Fiz porque sou da Agricultura, e meu interesse é pelos agricultores, mas isso não foi bem aceito pelo governo... A Camex tomará a melhor decisão", disse ele a jornalistas, após participar do evento "Diálogo Brasil-Japão", em São Paulo.
Prejudicados pela forte importação no primeiro semestre, os produtores de etanol do Nordeste passaram a defender uma taxa de 20 por cento sobre as compras externas do produto, enquanto a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), principal associação sucroenergética do centro-sul, solicita 17 por cento.
A Camex, um órgão interministerial, deve discutir a questão no fim do mês.
A imposição de uma tarifa sobre as importações de etanol, que vêm quase inteiramente dos Estados Unidos, colocaria o Brasil em uma rota de colisão com a política comercial mais agressiva da administração Donald Trump. Essa questão tem levado o governo brasileiro a adotar cautela, diante da possibilidade de uma retaliação dos EUA.
Indagado sobre as discussões no governo sobre taxar importação de gasolina, o ministro afirmou desconhecer o tema.
Maggi também disse que esteve na quinta-feira com o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), para discutir a mudança de local da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).
Segundo ele, foram assinados dois termos de compromissos, um sobre os trâmites para escolha de um novo endereço para a companhia, e outro sobre a utilização futura do atual terreno da Ceagesp.
(Por José Roberto Gomes)
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