Siemens e Bombardier estão próximas de acordo para combinar operações ferroviárias, dizem fontes
Por Arno Schuetze e Allison Lampert
FRANKFURT/MONTREAL (Reuters) - A Bombardier e a Siemens estão em fase final de negociação para combinar suas operações ferroviárias, disseram fontes a par do assunto nesta sexta-feira, num acordo que daria força para competir contra a gigante ferroviária chinesa CRRC.
O acordo, que criaria duas joint ventures separadas para as divisões de sinalização e equipamentos rolantes (locomotivas e vagões), poderia ser anunciado já em agosto, segundo as fontes.
O conselho de supervisão da Siemens discutirá o assunto numa reunião em 2 de agosto, enquanto o conselho da Bombardier deve fazer o mesmo antes da teleconferência do balanço do segundo trimestre da empresa na próxima semana, disseram as fontes, acrescentando que um anúncio pode acontecer no início de agosto.
Todas as fontes falaram sob condição de anonimato porque as negociações são confidenciais.
A consolidação ferroviária tem sido uma tendência nos últimos anos, uma vez que empresas globais procuram conter custos e as empresas ocidentais lutam com as crescentes ambições do CRRC apoiado pelo estado da China em casa e no exterior.
A mídia informou em abril que a alemã Siemens e a Bombardier exploravam uma combinação com vendas totais de 16 bilhões de dólares, gerando preocupações antitruste na Europa.
A Bombardier teria pouco mais de 50 por cento das operações conjuntas de equipamentos rolantes, disse uma fonte. A Siemens levaria cerca de 80 por cento da joint venture de tecnologia de sinalização, disseram duas fontes.
Embora um acordo possa ser favorável para ambas as empresas, um acerto que ceda grande parte do controle sobre o lucrativo negócio de sinalização da Bombardier para a Siemens, líder do mercado, pode preocupar investidores da empresa canadense, disse um analista.
No entanto, um acordo pode ajudar a Bombardier, quinta maior em sinalização da indústria ferroviária por participação de mercado, disse o analista, a crescer no negócio.
Bombardier e Siemens se recusaram a comentar.
Um acordo não envolveria pagamentos em dinheiro, disseram duas das fontes.
O acordo proposto também abordaria preocupações antitruste e os temores em termos de demissões.
Bombardier e Siemens também teriam que vender algumas operações de trem de alta velocidade para resolver as preocupações antitruste.
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