Após negócios de US$50 bi, chinês HNA se propõe resolver questões de propriedade
(Reuters) - O conglomerado privado HNA Group, um dos negociadores mais agressivos da China, está mudando a sua estrutura acionária com uma nova fundação de caridade, como parte dos esforços para dirimir antigas preocupações sobre sua propriedade.
À medida que a China reprime empreendimentos chamativos no exterior e construtores de impérios de alto perfil, a pressão está aumentando sobre empresas expansivas, de rápido crescimento e compradoras, como o HNA, que anunciou 50 bilhões de dólares em negócios ao longo de dois anos, comprando participações em empresas de logística, hotéis e até mesmo no Deutsche Bank.
No Brasil, a subsidiária Hainan HNA Infrastructure Investment Group comprou, em meados deste mês, a participação da Odebrecht Transport no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, por cerca de 60 milhões de reais.
O grupo HNA disse que a mudança na estrutura - que foi anunciada nesta segunda-feira, juntamente com uma lista de proprietários sem precedentes - faz parte de esforços para abordar o interesse em sua estrutura, à medida que o grupo se expande.
"A divulgação da estrutura de propriedade do HNA Group, apesar de ser uma empresa privada, oferece mais transparência, e pretendemos atualizar esta informação anualmente", disse um porta-voz.
De acordo com o documento visto pela Reuters, os cofundadores e executivos do HNA Chen Feng e Wang Jian mantêm suas participações de pouco menos de 15 por cento cada.
Uma organização sem fins lucrativos recém-criada, com sede em Nova York, a Hainan Cihang Charrity Foundation, torna-se a maior acionista com uma participação de 29,5 por cento. A Hainan Province Cihang Charity Foundation, uma instituição de caridade chinesa criada pelo HNA em 2010 e capitalizada por ações em 2013, continua a deter indiretamente uma participação de 22,75 por cento - o que significa que as duas fundações combinadas detêm mais de 52 por cento das ações emitidas pelo grupo.
O HNA não forneceu detalhes de como as ações foram colocadas nas mãos da nova instituição de caridade, como a fundação geral será gerida ou como ela votaria ou usaria suas ações.
A empresa descreveu a fundação como promotora de sua missão filantrópica e maximizadora dos "esforços de responsabilidade social corporativa". Eventualmente, a entidade terá 100 por cento do HNA.
De acordo com as informações fornecidas nesta segunda-feira, 12 executivos do grupo, incluindo os fundadores, detêm os 47,54 por cento do HNA não pertencentes às instituições de caridade. O vice-presidente Chen Wenli detém uma participação de 3,95 por cento e três executivos, incluindo o presidente-executivo Adam Tam, possuem uma participação de 2,95 por cento cada.
(Por Matthew Miller)
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