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Via Varejo teve sinergias acima do esperado com Cnova, espera novas capturas

25/07/2017 15h02

SÃO PAULO (Reuters) - A rede de móveis e eletrodomésticos Via Varejo teve capturas de sinergias acima do esperado quando anunciou a integração com os negócios da empresa de comércio eletrônico Cnova no ano passado, e espera novas capturas até dezembro.

Segundo o presidente da Via Varejo, Peter Estermann, "as sinergias foram executadas mais rapidamente e acima do que indicamos. Temos ainda várias iniciativas adicionais em que ainda teremos algumas capturas a serem feitas até o final do ano", disse o executivo em teleconferência sobre os resultados de segundo trimestre da empresa.

Em agosto passado, A Via Varejo informou que esperava sinergia recorrente de 245 milhões de reais por ano a partir de 2017. Nesta terça-feira, o executivo não precisou os novos valores de sinergias esperadas.

Às 14:56, as units da Via Varejo exibiam alta de 4,1 por cento. Os papéis não estão no Ibovespa, que avançava 0,67 por cento no mesmo horário.

A Via Varejo, que reestrutura seus negócios desde o ano passado para buscar integração dos negócios online e em lojas físicas e melhorar sua lucratividade, está reavaliando seu mapa de lojas no país, disse Estermann, citando que a categoria de pontos "premium" de vendas, que atingiu 51 lojas em julho, poderá ser dobrada até o final do ano.

A companhia encerrou junho com 966 lojas no Brasil, o que representa o fechamento de 9 pontos desde março. "Deveremos terminar esse trabalho de revisão do mapa de lojas em agosto. Se identificarmos oportunidades a gente vai repensar", afirmou o executivo sobre eventuais planos de mudanças no total de pontos de vendas abertos no país.

Porém, a expectativa de integração contábil e legal da companhia com a Cnova foi postergada do final deste ano para abril de 2018, por conta de dificuldades da empresa em conseguir estender para todo o grupo o benefício fiscal concedido pelo governo do Estado do Rio de Janeiro à empresas de comércio eletrônico como a Cnova.

Segundo os executivos da companhia, o governo fluminense, mergulhado em profunda crise financeira, entendeu que a integração como pretendida pela Via Varejo com a Cnova, em um único cadastro de pessoa jurídica, seria equivalente à criação de um novo benefício fiscal.

Além da análise sobre os pontos de vendas da empresa no Brasil, a Via Varejo desenvolve projeto para lançar em breve ferramentas de venda melhoradas para vendedores conseguirem atender os consumidores, disseram os executivos da companhia.

Estermann comentou que apesar do varejo no país "ainda estar extremamente retraído", as vendas iniciaram julho em tendência positiva, e que a "boa performance" da categoria de televisores no segundo trimestre está se mantendo no início do terceiro.

(Por Alberto Alerigi Jr.)