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Técnicos da Aneel sugerem aprovação de incorporação da Elektro pela Neoenergia

26/07/2017 14h11

SÃO PAULO (Reuters) - A área técnica da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) produziu parecer em que recomenda a aprovação da incorporação da Elektro pela Neoenergia, uma operação anunciada pelas duas elétricas no início de junho, segundo documento publicado pelo órgão regulador nesta quarta-feira.

Após o negócio, o grupo espanhol Iberdrola, que era dono de 100 por cento da Elektro, passará a controlar a Neoenergia, com 52,45 por cento da empresa, que ainda terá como sócios Previ (38,21 por cento) e BB Investimentos (9,35 por cento).

"Não se vislumbram óbices à implementação desta operação como pleiteada...recomenda-se a aprovação", afirma a superintendência de fiscalização econômico-financeira da Aneel em seu parecer sobre o negócio, com data de 24 de julho.

A recomendação dos técnicos deverá ser apreciada em breve pela diretoria colegiada da agência reguladora, que se reúne semanalmente, geralmente às terças-feiras. O caso já teve um relator nomeado por sorteio na semana passada, o diretor José Jurhosa.

Após a aprovação da diretoria e publicação da decisão, o prazo para efetiva implementação da operação entre as companhias deverá ser estabelecido em 120 dias, segundo o parecer.

A Reuters publicou em 14 de julho que após a operação a Neoenergia pretende realizar uma dupla oferta pública inicial de ações (IPO na sigla em inglês) em São Paulo e Nova York, que poderá atribuir um valor de pelo menos 35 bilhões de reais à empresa.

A Neoenergia possui negócios em geração de energia que incluem uma fatia na enorme hidrelétrica de Belo Monte, além de distribuidoras de energia na Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte e ativos em transmissão. Já a Elektro tem operações de distribuição em São Paulo e Mato Grosso do Sul, além de ativos de geração renovável.

Após a integração, a Neoenergia passará a contar com um portfólio de 2,5 gigawatts em usinas eólicas, termelétricas e hidrelétricas em operação, além de 1,46 gigawatt em desenvolvimento.

(Por Luciano Costa)