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Telefónica eleva meta de receita para 2017 após resultado acima do esperado no 2ºtri

27/07/2017 07h55

Por Julien Toyer e Andrés González

MADRI (Reuters) - A operadora espanhola Telefónica elevou nesta quinta-feira a meta para a receita em 2017, após o resultado do segundo trimestre superar as expectativas de analistas, diante do desempenho positivo dos negócios na América Latina, que mais que compensou a persistente fraqueza na Espanha.

A empresa agora prevê que as receitas cresçam ao menos 1,5 por cento no ano, ante previsão anterior de estabilidade. A Telefónica ainda espera aumentar a margem de lucro do núcleo principal de negócios em 1 ponto percentual e ter relação de investimentos sobre vendas de cerca de 16 por cento.

A companhia ainda reiterou a intenção de pagar dividendos de 0,40 euro por ação, integralmente em dinheiro.

No trimestre, a receita da operadora cresceu 1,9 por cento na comparação anual, para 12,96 bilhões de euros, superando a estimativa de 12,9 bilhões de euros.

Já o lucro operacional antes de depreciação e amortização aumentou 6,1 por cento na mesma base, para 4,16 bilhões de euros, ante 4,02 bilhões de euros previstos em levantamento da Reuters com analistas.

O desempenho resulta principalmente de um salto no lucro das operações no Brasil, que foram ajudadas pelo real mais forte.

Na véspera, a Telefônica Brasil, que opera sob a marca Vivo no país, reportou lucro líquido 25 por cento maior entre abril e junho sobre um ano antes, beneficiada pela melhora do resultado financeiro e da geração de caixa, bem como pela redução de custos operacionais e outras despesas.

Isso compensou um declínio de 5 por cento do resultado no Reino Unido, onde a libra mais fraca afetou os negócios, e também a queda de 1,6 por cento na Espanha.

Após uma recuperação lenta em 2016, o lucro principal de negócios no mercado doméstico espanhol caiu por dois trimestres seguidos, levando a empresa a revisar sua estratégia.

No começo de julho, a Telefónica lançou ofertas mais baratas para tentar convencer mais famílias a assinar os pacotes de telefone, TV e serviços de internet. A decisão marcou uma mudança em relação ao foco anterior em mercado de médio e alto padrão, o que deixou o grupo espanhol exposto à concorrência da Orange, Vodafone e MasMovil.