Negociação do Nafta discute regras sobre origens de bens e sistema de acordos
Por David e Ljunggren e and e Anthony e Esposito
WASHINGTON (Reuters) - Estados Unidos, Canadá e México começaram, na sexta-feira, a discutir alguns dos assuntos mais espinhosos da modernização do Acordo de Livre Mercado da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), inclusive regras sobre a origem de bens produzidos na região, serviços de comércio e uma disputa sobre o sistema de acordos.
Uma cópia da agenda de negociações obtida pela Reuters revela que reuniões sobre as regras de origem, que serve para determinar quanto de um produto é feito na América do Norte, devem ser realizadas até domingo, quando a primeira rodada de conversas será concluída.
O representante do Comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, enfatizou, no começo das conversas, na quarta-feira, que os Estados Unidos estavam buscando incrementos para o conteúdo regional exigido para que bens passem sem impostos entre os três países, inclusive uma exigência por "conteúdo significativo dos EUA" no setor automotivo.
As indústrias automotivas de Canadá, México e Estados Unidos pedem uma abordagem muito mais cautelosa nas regras sobre a origem dos bens para evitar interrupções em uma complexa linha de distribuição da América do Norte, construída durante os 23 anos em que o Nafta existe.
No entanto, não ficou claro se Lighthizer revelaria objetivos ou trincheiras específicas para conteúdos norte-americanos e americanos em automóveis.
O ministro da Economia mexicano, Ildefonso Guajardo, disse na sexta-feira que seria "impossível" incluir regras específicas de origem para cada país.
"No mundo do comércio internacional, não há um único precedente (disso), não em acordos bilaterais ou multilaterais", disse, a uma rádio mexicana.
Os Estados Unidos enfatizaram a necessidade por mudanças, dado o déficit no comércio de bens dos EUA com os parceiros do Nafta, mas Canadá e México argumentam que o défict é resultado de uma baixa taxa de poupança dos EUA.
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