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Deutsche Bank visa expansão de gestão de fortunas em Londres

21/08/2017 12h50

ZURIQUE (Reuters) - O Deutsche Bank quer aumentar significativamente o número de executivos de private banking em Londres, disse seu chefe de gestão de fortunas para Europa, Oriente Médio e África (Emea, na sigla em inglês), em um contraste acentuado com os planos de retroceder com seu banco de investimentos no Reino Unido.

Apesar de ter centenas de funcionários em seu banco de investimentos em Londres, a Deutsche tem menos de 10 executivos seniores britânicos focados em gestão de fortunas, "subutilizando" o mercado do Reino Unido, disse Peter Hinder à Reuters.

"O Reino Unido ou a região de Londres é como um imã para riqueza", disse Hinder em entrevista.

A incerteza em relação ao futuro do acesso do Reino Unido à União Europeia tem levado o Deutsche a fortalecer sua presença em Frankfurt. No entanto, a capacidade de servir a UE a partir de Londres é menos difícil em private banking.

"Nós vemos fluxos cada vez maiores vindos da Ásia, por exemplo, clientes chineses", disse Hinder. "Eles gostam de Londres porque falam inglês, tem um sistema jurídico anglo-saxão que eles já conhecem da região de Hong Kong. Há vários benefícios que não vão desaparecer com o Brexit."

O aumento de sua presença na gestão de riquezas no Reino Unido segue um movimento semelhante do rival suíço Julius Baer, que está abrindo três novos escritórios no Reino Unido.

A Grã-Bretanha é o lar da quarta maior população mundial de famílias milionárias atrás dos Estados Unidos, China e Japão, de acordo com o Boston Consulting Group.

Em geral, o banco planeja contratar cerca de 20 executivos este ano para o seu negócio de gestão de riqueza para Emea, o primeiro passo na reconstrução do negócio cujos ativos investidos caíram no ano passado em 15 bilhões de euros (18 bilhões de dólares), para 50 bilhões de euros.

As novas posições serão espalhadas pela Grã-Bretanha, Suíça, Itália e Oriente Médio, disse Hinder, sem especificar quantos executivos serão contratados em Londres.

(Por Joshua Franklin e Angelika Gruber)