Produção de petróleo nos EUA deve registrar último salto em 2018, diz Vitol
LONDRES (Reuters) - A produção de petróleo pelos Estados Unidos deve registrar um último salto em 2018, antes de o crescimento se estabilizar por vários anos, já que custos crescentes tendem a tornar a exploração cada vez menos viável, afirmou à Reuters o chefe da grande trading de petróleo Vitol, Ian Taylor.
Os EUA se transformaram em um grande exportador de petróleo nos últimos anos graças à revolução do óleo de xisto, que gerou uma ampla oferta global e jogou os preços da commodity abaixo de 30 dólares por barril no ano passado, ante 110 dólares em 2014.
"Acho que a questão, um pouco a longo prazo, é: será este o último grande aumento de produção de petróleo nos EUA?", disse Taylor, CEO da Vitol, que comercializa mais de 7 por cento do petróleo global e tem uma grande presença nos mercados norte-americanos.
O executivo disse que a Vitol prevê uma alta na produção de petróleo nos EUA entre 500 mil e 600 mil barris por dia (bpd) no próximo ano, mas tal aumento deve implicar em maiores custos e levar alguns a operar com perdas.
A desaceleração antecipada para a produção dos EUA, combinada com um crescimento robusto da demanda mundial de petróleo, deve elevar os preços acima da faixa atual de 50 a 60 dólares por barril, afirmou Taylor.
Mas no curto e médio prazos, o mercado deverá permanecer variando dentro de um certo intervalo, com os preços eventualmente sob pressão baixista nos primeiros meses de 2018, quando a demanda normalmente se enfraquece, ponderou ele.
"O mercado está ficando mais apertado. Mas de maneira muito superficial... Haverá momentos em que devemos chegar mais perto de 60 dólares e momentos em que tenho certeza de que vamos flertar com números na casa dos 40 dólares... Mas é um faixa muito estreita ", disse Taylor.
Para mais informações sobre o Reuters Global Commodities Summit da Reuters, acesse: http://www.reuters.com/summit/commodities17
(Por Amanda Cooper, Ahmad Ghaddar e Dmitry Zhdannikov)
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