Presidente do BNDES descarta compra de ativos da Caixa
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Paulo Rabello de Castro, afirmou nesta segunda-feira (23) que o banco de fomento não pretende adquirir ativos da Caixa Econômica Federal, como forma de ajudar o governo a injetar recursos no banco estatal.
Falando em evento do setor de papel e celulose em São Paulo, Rabello de Castro disse que embora haja interesse do governo federal em uma troca de ativos para apoiar o nível de capital da Caixa, o BNDES precisa cumprir com a devolução de R$ 130 bilhões ao Tesouro e não teria condições de realizar a aquisição.
"Toda essa programação financeira não cabe em um projeto de devolver R$ 130 bilhões", disse Rabello de Castro a jornalistas.
Na semana passada, o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, afirmou que o "BNDES não vai comprar ativos ruins" da Caixa, como forma de ajudar a melhorar os índices de capital do banco. Também na semana passada, fonte próxima do assunto afirmou à Reuters que o governo federal está articulando um plano para que o conselho curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) faça um aporte de cerca de R$ 10 bilhões na Caixa Econômica Federal ainda este ano.
Rabello de Castro acrescentou ainda que o BNDES pode eventualmente analisar ativos da Caixa que sejam de seu interesse, mas que isso dependeria de uma negociação com governo e o Tribunal de Contas da União.
"Nós temos que sentar com o governo federal, principalmente com a Fazenda e o Planejamento de modo harmônico e coordenado e imaginar para 2018 o que, de fato, devemos fazer em termos financeiros e fiscais, considerando agora um outro ator, que é o TCU", acrescentou o presidente do BNDES.
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