Aneel confirma bandeira tarifária com custo mais alto de eletricidade em novembro
SÃO PAULO (Reuters) - A bandeira tarifária para o mês de novembro na conta de luz será vermelha nível 2, com custo de 5 reais a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos, confirmou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em nota na sexta-feira.
Um diretor da Aneel havia dito na última terça-feira que novembro teria bandeira vermelha 2 nas contas de luz.
No mesmo dia, a Aneel havia aprovado importantes mudanças nas bandeiras tarifárias, que elevam custos quando a oferta de eletricidade é menor.
Além de terem um caráter didático, ao incentivar a redução do consumo devido ao maior custo, as bandeiras geram uma arrecadação que é utilizada pelas distribuidoras para custear a compra de energia de termelétricas, mais cara que a das usinas hídricas.
Atualmente, as contas de luz estão com bandeira vermelha nível 2. Até outubro, o custo extra era 3,50 reais a cada 100 kilowatts-hora consumidos para este nível tarifário, mas a partir de novembro esse custo subirá mais de 40 por cento, para 5 reais, conforme diretriz da Aneel.
A Aneel vai abrir uma audiência pública para discutir as mudanças, mas elas já valerão a partir de novembro, em caráter excepcional.
"Não houve evolução na situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas em relação ao mês anterior e, ainda que não haja risco de desabastecimento de energia elétrica, é preciso reforçar as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício", disse a Aneel em nota.
O nível 2 da bandeira indica a necessidade de operar usinas térmicas mais caras para compensar a geração hidráulica inibida pela falta de chuvas.
As distribuidoras, no entanto, avaliam que têm sofrido com custos maiores do que arrecadam junto aos consumidores nas contas de luz, e a situação deve permanecer mesmo após a elevação no valor das bandeiras tarifárias que pesam sobre as faturas.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estimou na sexta-feira em 72 por cento da média histórica a previsão de chuvas em novembro nos reservatórios de hidrelétricas do Sudeste, principal região produtora de energia hídrica.
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