Brasil tem déficit primário de R$21,259 bi em setembro, diz BC, menor que o esperado
BRASÍLIA (Reuters) - O setor público consolidado brasileiro registrou déficit primário de 21,259 bilhões de reais em setembro, menor que o esperado e ajudado pelo desempenho de governos regionais, divulgou o Banco Central nesta segunda-feira.
Em pesquisa Reuters, a expectativa para setembro era de rombo primário de 23,25 bilhões de reais.
O governo central (governo federal, BC e Previdência) teve déficit primário de 22,227 bilhões de reais no mês.
Por sua vez, governos regionais (Estados e municípios) e empresas estatais ficaram no azul em 776 milhões de reais e 191 milhões de reais, respectivamente. Nos nove primeiros meses do ano, o déficit foi a 82,110 bilhões de reais, um pouco abaixo do saldo negativo em 85,501 bilhões de reais de igual período do ano passado.
A melhoria advém principalmente de superávit mais alto cravado por governos regionais, de 17,619 bilhões de reais, contra 10,015 bilhões de reais um ano antes. Já o governo central piorou suas contas no período, com rombo de 100,875 bilhões de reais de janeiro a setembro, sobre déficit de 94,476 bilhões de reais em igual etapa de 2016.
Em 12 meses, o déficit primário do setor público consolidado é de 152,399 bilhões de reais, equivalente a 2,35 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Para o ano, a meta para o setor público é de um rombo de 163,1 bilhões de reais, que inclui déficit de 159 bilhões de reais do governo central, de 3 bilhões de estatais federais e de 1,1 bilhão de reais de Estados e municípios. Este será o quarto resultado seguido no vermelho do país. Em setembro, a dívida líquida foi a 50,9 por cento do PIB, ante estimativa de analistas de 50,8 por cento, e um patamar de 50,2 por cento em agosto. Já a dívida bruta subiu a 73,9 por cento do PIB em setembro, contra 73,7 por cento no mês anterior. O movimento se deu apesar do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ter antecipado o pagamento de 33 bilhões de reais ao Tesouro Nacional, num movimento que diminuiu a dívida bruta.
(Por Marcela Ayres)
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