IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Vendas de combustíveis no Brasil em setembro caem 3% ante agosto, diz ANP

30/10/2017 20h23

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - As vendas de combustíveis no Brasil em setembro cresceram 0,66 por cento na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 73,727 milhões de barris, mas acumularam recuo de cerca de 3 por cento ante agosto, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Em agosto, as vendas totais de combustíveis no país haviam atingido os maiores patamares mensais do ano.

A queda em setembro na comparação com agosto foi registrada após preços mais altos dos combustíveis no Brasil, especialmente diesel e gasolina, com a Petrobras repassando ganhos nas cotações internacionais, atingidas pelos efeitos do furacão Harvey, que fechou refinarias em importante região produtora do Texas.

Além da questão dos preços internacionais, os preços na bomba também sofreram neste ano forte impacto de alta no PIS/Cofins nos combustíveis.

A ANP não divulgou comentários sobre as vendas.

No acumulado do ano até setembro, as vendas totais de combustíveis apresentam queda de 0,3 por cento, de acordo com dados da ANP.

Já as vendas de óleo diesel, o principal combustível vendido no país, cresceram 1,6 por cento em setembro na comparação anual, para 30,533 milhões de barris. Na comparação com agosto, houve queda de aproximadamente 3 por cento.

No acumulado do ano, as vendas de diesel apresentam queda de 0,2 por cento.

As vendas de gasolina caíram 2,5 por cento na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 21,994 milhões de barris, enquanto recuaram mais de 5 por cento ante agosto, em meio a preços nominais recordes do combustível nas bombas em setembro.

No acumulado do ano, entretanto, as vendas de gasolina apresentam alta de 5,9 por cento até setembro, ganhando mercado do etanol.

Já as vendas de etanol hidratado registraram queda de 2,3 por cento na comparação com o mesmo mês do ano passado, mas subiram 7,66 por cento ante agosto, com uma recuperação da competitividade do biocombustível, diante da alta na cotação da gasolina.

No acumulado do ano, entretanto, as vendas de etanol hidratado, que abastece os veículos flex, ainda apresentam queda de 16 por cento.