Funcionários de mais de 40 plataformas da Petrobras aprovam greve sem data definida
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Funcionários de todas as bases em terra e de 43 plataformas da Petrobras, na Bacia de Campos, aprovaram uma greve, ainda sem data definida, em meio às negociações sobre o Acordo Coletivo de Trabalho deste ano, afirmou nesta segunda-feira a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A Bacia de Campos, com pouco mais de 50 plataformas, representa atualmente cerca de 50 por cento da produção de petróleo do Brasil.
Já a produção da Bacia de Santos, com mais de 40 por cento da produção de petróleo do país, impulsionada em anos recentes pelo pré-sal, tem grande parte da operação de suas plataformas na mão de empresas terceirizadas.
O posicionamento dos empregados ocorre após a Petrobras ter mantido, em 10 de novembro, proposta de reajuste salarial de 1,73 por cento.
O coordenador da FUP, José Maria Rangel, afirmou à Reuters que todos os 13 sindicatos filiados à FUP aprovaram a greve. Representantes da federação se encontram na tarde desta segunda-feira, com a Petrobras, para apresentar os resultados de assembleias em todo o país.
"Entre os indicativos aprovados pela categoria está a realização de uma greve por tempo indeterminado, com data de início a ser definida pela FUP, em caso de qualquer redução de direitos como descritos e consagrados pelo ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) 2015/2017", disse a FUP, em nota.
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que representa os demais cinco sindicatos de petroleiros, também afirmou que seus filiados aprovaram uma greve, com início em 29 de novembro.
"Se não houver a prorrogação do ACT vigente ou a recusa em convocar reunião para negociar nova proposta, os trabalhadores irão cruzar os braços", disse a FNP, em nota em seu site.
Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.
(Por Marta Nogueira)
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