Petrobras ajustará plano com estratégias para o futuro da indústria de óleo e gás, diz Parente
Por Luciano Costa
SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras deverá concluir até o fim deste ano ajustes em seu plano estratégico, que terão como objetivo incluir movimentos de adaptação a mudanças esperadas para o futuro na indústria de petróleo, disse a jornalistas nesta segunda-feira o presidente da estatal, Pedro Parente.
Dentre os temas importantes que deverão ser levados em consideração estão o rápido crescimento das fontes renováveis e a busca global por uma economia de baixo carbono.
"Nós estamos finalizando a discussão interna, e tem uma previsão de uma pequena alteração. Na realidade nós vamos incluir três novas estratégias. Essas estratégicas têm muito a ver com essa discussão relacionada ao futuro da indústria de óleo e gás, temas da energia de baixo carbono, temas da digitalização", disse o executivo, após participar de evento na Associação Comercial de São Paulo.
O executivo não entrou em detalhes sobre os ajustes de seu plano estratégico.
Mais cedo, no entanto, ao falar para convidados sobre o futuro da petroleira brasileira, Parente disse avaliar que nenhuma das grandes empresas globais de petróleo está ainda preparada para o "mundo novo" que virá para a indústria, com o avanço das energias renováveis e de tecnologias, como o carro elétrico.
"Posso até estar enganado, até por questões de segredos concorrenciais, mas não creio que nenhuma empresa saiba o que irá substituir o seu negócio de óleo e gás no futuro. Estamos trabalhando (para descobrir), embora com desafios e dívidas pela frente, dúvidas que se colocam para todas as empresas", afirmou.
Ele adiantou ainda que a Petrobras tem discutido junto à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a possibilidade de direcionar ao menos parte de seus investimentos obrigatórios em tecnologia a parcerias com pequenas empresas inovadoras, como start-ups e fintechs, como parte dos esforços por ampliar a cultura de inovação na companhia.
"Pensar em joint ventures ou investimentos em pequenas empresas, naquela linha de fazer várias iniciativas, porque algumas dão certo e outras talvez não. É algo que estamos conversando com a ANP, para que parte dos recursos que precisamos utilizar em tecnologia possam ser utilizados nessas empresas... é uma discussão em andamento", disse.
RETOMADA DA VENDA DE ATIVOS
Parente disse ainda nesta segunda-feira que o plano de parcerias e desinvestimentos da Petrobras deve voltar a ganhar ritmo agora, após a companhia anunciar na semana passada a venda para a elétrica Eneva do campo de Azulão, o primeiro negócio fechado no biênio 2017-2018.
O executivo afirmou que o plano --que busca levantar 21 bilhões de dólares no biênio-- sofreu algum atraso, devido a exigências do Tribunal de Contas da União (TCU).
"Tivemos que recomeçar do zero. Agora, estamos começando a adquirir 'momentum' novamente, concluímos a primeira transação. E a verdade é que começamos e temos aí anunciadas diversas iniciativas", disse Parente, ao participar de evento da Associação Comercial de São Paulo.
Ele afirmou ainda que os ativos da Petrobras na África, colocados à venda recentemente, atraem "um grande interesse" no mercado.
(Por Luciano Costa)
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