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Líder do governo na Câmara diz que prazo limite para votar Previdência este ano é 15/12

29/11/2017 19h42

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou nesta quarta-feira que o prazo limite para votar a reforma da Previdência neste ano vence na penúltima semana de trabalhos no Congresso, já que os últimos dias de sessões do Legislativo serão dedicados à votação do Orçamento.

Aguinaldo defende que a proposta seja votada ainda neste ano, e prevê maior dificuldade para a aprovação do texto se a votação for deixada para 2018.

“Eu acho que o esforço de votar deve ser neste ano, porque no ano que vem começa o calendário eleitoral”, disse a jornalistas.

“Temos que votar até a semana do dia 17”, disse. “Antes da última semana (de trabalhos), até porque na última semana temos que votar orçamento.”

O Congresso funciona até o dia 22 e depois entra em recesso parlamentar, retomando suas atividades apenas em fevereiro. Deputados terão como prazo limite para votar a Previdência a semana entre os dias 11 e 15 de dezembro, enquanto o Congresso poderá se dedicar ao Orçamento entre os dias 18 a 22.

Pela manhã, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse esperar que a votação ocorresse semana que vem, mas, à noite, o vice-líder do governo na Câmara Beto Mansur (PRB-SP) afirmou que não acredita que isso seja possível.

CLIMA

Aguinaldo avaliou que a mobilização do governo e a campanha publicitária sobre a reforma amenizaram a pressão sobre os parlamentares em suas bases. O líder disse acreditar que ainda há espaço para convencer seus pares, apesar de a posição de alguns deles estar “contaminada pela peça anterior” da proposta, muito mais abrangente do que a atual.

Na semana passada, o governo apresentou aos líderes da base uma nova versão do texto, mais enxuta do que a aprovada em comissão especial da Câmara. Na ocasião, um jantar com adesão abaixo da esperada, foi divulgado o novo texto que mantém as idades mínimas para aposentadoria (62 anos para mulheres e 65 para homens), e reduz o tempo mínimo de contribuição de 25 para 15 anos.

Também na intenção de tornar a proposta mais palatável, a nova reforma não traz mais mudanças relacionadas ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e às aposentadorias de pequenos produtores rurais.

“A gente tem uma pressão na base muito menor do que tinha”, disse Aguinaldo. “Houve um esclarecimento e esse clima externo começa a mudar.”

Aliados devem participar de um jantar no próximo domingo exatamente para aferir o efeito da intensa mobilização do governo pela aprovação da reforma.

(Edição de Tatiana Ramil)