Vendas de combustíveis no Brasil em outubro crescem 4,4% puxadas por diesel e etanol
RIO DE JANEIRO (Reuters) - As vendas de combustíveis no Brasil em outubro cresceram 4,4 por cento na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 75 milhões de barris, impulsionadas pela comercialização de diesel e de etanol, informou nesta quinta-feira a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O total vendido no país ainda registrou alta no acumulado de 2017 pela primeira vez, segundo dados da ANP, numa sinalização positiva para o setor que vem registrando quedas anuais nos últimos dois anos. A variação do total vendido de janeiro a outubro foi de 0,2 por cento ante o mesmo período de 2016.
As vendas de combustíveis no mês passado avançaram 1,7 por cento ante setembro, quando o total comercializado no país haviam caído 3 por cento ante o mês anterior.
O avanço das vendas em outubro aconteceu apesar dos preços mais altos dos combustíveis no Brasil, especialmente diesel e gasolina, após o impacto de alta no PIS/Cofins nos combustíveis e com a Petrobras repassando avanços das cotações internacionais.
A ANP não divulgou comentários sobre as vendas.
As vendas de diesel, principal combustível vendido no Brasil, cresceram 6 por cento, para 30,9 milhões de barris. Na comparação com setembro, houve alta de 1,1 por cento.
No acumulado do ano, as vendas de diesel subiram 0,4 por cento.
As vendas de gasolina, por sua vez, caíram 2,3 por cento na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 22,25 milhões de barris, enquanto subiram 1 por cento ante setembro.
No acumulado do ano, as vendas de gasolina apresentam alta de 5 por cento até outubro.
Já as vendas de etanol hidratado em outubro subiram 14,8 por cento na comparação com o mesmo mês do ano passado e cresceram 4,8 por cento ante o mês anterior, com o biocombustível mais competitivo e ganhando mercado da gasolina, cujos preços dispararam.
No acumulado do ano, entretanto, as vendas de etanol hidratado, que abastece os veículos flex, ainda apresentam queda de 13 por cento.
(Por Marta Nogueira)
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