OMS declara SP área de risco para febre amarela e recomenda vacinação para viajantes
(Reuters) - A Organização Mundial da Saúde (OMS)declarou nesta terça-feira o Estado de São Paulo como área de risco para febre amarela, e recomendou vacinação contra a doença para todos os viajantes internacionais que visitam a região, inclusive a capital paulista e o litoral, devido ao aumento do nível de atividade do vírus.
A recomendação da OMS para vacinação de viajantes internacionais já estava em vigor para Estados das Regiões Centro-Oeste e Norte, Minas Gerais e Maranhão, além de partes de Estados da Região Sul, Bahia e Piauí, de acordo com a OMS.
"A Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) avalia que a medida mais importante para prevenir a febre amarela é a imunização. Quem vive ou se desloca para as áreas de risco deve estar com as vacinas em dia e se proteger de picadas de mosquitos", disse a OMS em comunicado, ressaltando que apenas uma dose da vacina é suficiente para garantir imunidade e proteção ao longo da vida.
Em entrevista coletiva à tarde, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antônio Carlos Nardi, avaliou a decisão da OMS como uma demonstração de cautela. "Um excesso de zelo", disse.
O ministério evitou falar em surto da doença, e reiterou que há estoque suficiente para suprir a população brasileira, com 20 milhões de doses fracionadas. Nardi disse que na semana passada houve o pedido de mais 20 milhões de seringas, que ainda não têm "previsibilidade" de comporem os estoques do país.
“Hoje nós temos seringas suficientes para vacinar fracionadamente 20 milhões de pessoas”, disse o secretário.
Os números de casos da doença registrados no Brasil foram atualizados pelo ministério nesta tarde. Até o dia 14 de janeiro, no atual período de monitoramento, de julho/2017 a junho/2018, foram confirmados 35 casos de febre amarela em todo o país. Sendo 20 os casos de óbitos causados pelo vírus.
Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, neste ano houve 16 casos de febre amarela no Estado, com 11 mortes.
Em nota à imprensa, o órgão deixou claro que nenhum desses casos comprovados foi de febre amarela urbana, e sim do ciclo silvestre da transmissão. O último caso da forma urbana da doença foi registrado no Brasil em 1942, segundo o comunicado.
No primeiro semestre de 2017, foram confirmados 777 casos e 261 óbitos por febre amarela no país, o que representou a maior transmissão da doença das últimas décadas, de acordo com o ministério.
São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia vão realizar entre uma campanha de vacinação com dose fracionada contra a febre amarela com início no final de janeiro, possibilitando a imunização de mais pessoas contra a doença. Além disso, São Paulo receberá de imediato 1 milhão de doses da vacina visando garantir a prevenção da doença e o abastecimento das salas de vacina até o início da campanha.
(Reportagem de Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro, e Mateus Maia, em Brasília)
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