IEA vê mercado de petróleo apertado com crise na Venezuela
Por Dmitry Zhdannikov
LONDRES (Reuters) - Os mercados mundiais de petróleo estão ficando apertados rapidamente com o recuo na oferta da Venezuela, que registrou em 2017 a maior quebra de produção não planejada e pode ter um novo declínio em 2018, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta sexta-feira.
Os problemas de dívida e infraestrutura reduziram a produção de dezembro na Venezuela para 1,61 milhão de barris por dia (bpd), o menor nível em cerca de 30 anos. Isso impulsionou os preços do petróleo para 70 dólares por barril no início de janeiro, maior patamar em três anos.
"A percepção geral de que o mercado está se apertando é claramente o fator primordial e, neste quadro, há uma crescente preocupação com a produção da Venezuela", disse a IEA, que coordena a política energética nos países industrializados, em um relatório mensal.
"Dada a surpreendente dívida da Venezuela e sua rede de petróleo em deterioração, é possível que os declínios neste ano sejam ainda mais acentuados... As sanções financeiras dos EUA também tornam mais difícil a operação do setor petrolífero da Venezuela", afirmou a IEA.
Como resultado da menor produção venezuelana, a IEA disse que a produção da Opep em dezembro caiu para 32,23 milhões de bpd, elevando o nível de comprometimento com o pacto de corte de produção para 129 por cento.
Dezembro também registrou problemas de produção no Mar do Norte, o que ajudou a reduzir o abastecimento mundial de petróleo no mês passado para 97,7 milhões de bpd, queda de 405 mil bpd ante novembro.
(Reportagem adicional de Libby George)
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