ENTREVISTA-Na disputa entre águas profundas e "shale", Shell se garante com ambos
LONDRES (Reuters) - A Royal Dutch Shell
A produção em águas profundas da Shell no Brasil, Nigéria e Golfo do México é muito maior e mais rentável, mas a empresa vê o "shale" em terra dos EUA, um tipo não convencional de óleo e gás, ágil e de rápido retorno, como um motor para crescimento.
"Nós podemos ver forte crescimento na produção (de shale), forte superávit financeiro que nos dá um equilíbrio em nosso portfólio onde podemos aumentar e reduzir investimentos, você pode moderar isso, muito diferente do que em águas profundas, que é bastante volumoso", disse Andy Brown à Reuters em uma entrevista, nos bastidores da conferência IP Week.
"Eles ficam bem juntos em um portfólio".
Agora, grandes projetos de águas profundas e campos de "shale" menores competem pelo capital rigidamente controlado da Shell e poderiam gerar lucro com petróleo em níveis de preços tão baixos quanto 40 dólares o barril, disse Brown.
O contrato de referência Brent
Após a aquisição de 54 bilhões de dólares pela Shell do BG Group em 2016, a companhia anglo-holandesa se tornou uma grande player em águas profundas.
A Shell é a segunda maior produtora de petróleo no Brasil depois da Petrobras
(Por Ron Bousso e Dmitry Zhdannikov)
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