IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Não há necessidade de volta da CPMF este ano, diz Meirelles à rádio Bandeirantes

21/02/2018 12h08

SÃO PAULO (Reuters) - Não há previsão de aumento de impostos para ajudar nas contas públicas, afirmou nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afastando também a necessidade da volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) "este ano".

"No momento não é necessário", afirmou o ministro em entrevista à rádio Bandeirantes, quando questionado especificamente sobre o retorno da CPMF. "Não há esta necessidade, não este ano", acrescentou.

Leia também:

O ministro também indicou que o governo não tentará aprovar pontos da reforma da Previdência por meio de projetos de lei ou outras iniciativas. "Não me parece justificável soluções alternativas (para a reforma da Previdência)", disse.

Depois de dizer que o Orçamento de 2018 está "sustentável", Meirelles pontuou que, sem a reforma da Previdência, haverá necessidade de aumento de impostos no futuro.

O governo colocou um ponto final na tentativa de aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema depois da intervenção federal na segurança pública no Estado do Rio de Janeiro, que impede alterações constitucionais enquanto estiver em vigor.

Medidas econômicas

Para tentar mostrar compromisso com o reequilíbrio fiscal mesmo assim, o governo apresentou uma lista com 15 medidas econômicas, boa parte delas já em tramitação no Congresso Nacional, investida que foi duramente criticada tanto pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), quanto o da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Nesta manhã, Meirelles tentou atenuar o mal estar, voltando a dizer que o Congresso é soberano e que votará o que julgar adequado, com os presidentes das Casas sendo responsáveis por definir as pautas.

Perguntado sobre eventual candidatura à Presidência, Meirelles repetiu que tomará uma decisão sobre o assunto apenas em abril, estando focado agora na recuperação da economia.

(Por Patrícia Duarte)

Caiu na malha fina? Veja orientações da Receita

UOL Notícias