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Confiança empresarial fraca na Alemanha, França e Itália sinalizam desaceleração na zona do euro

24/04/2018 09h52

Por Michael Nienaber

BERLIM (Reuters) - A confiança empresarial na Alemanha, França e Itália - as três maiores economias da zona do euro - se deteriorou em abril, uma vez que a moeda mais forte e restrições à capacidade limitaram a produção, sinalizando que o crescimento do bloco atingiu seu pico.

A zona do euro teve inesperadamente um dos melhores desempenhos entre as principais economias no ano passado. Mas pesquisas sugerem que o crescimento tem desacelerado desde janeiro devido à força do euro e temores de uma guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.

A confiança dos empresários alemães caiu pelo quinto mês consecutivo em abril, atingindo o nível mais baixo em mais de um ano, disse o instituto Ifo nesta terça-feira, sugerindo que a maior economia da Europa está perdendo força.

"O bom humor entre as empresas alemãs evaporou", disse o chefe do Ifo Clemens Fuest. "A economia alemã está desacelerando."

O instituto disse que seu novo índice de clima de negócios, que pela primeira vez incorporou respostas do setor de serviços, caiu para 102,1, ante 103,3 em março.

Esta foi a leitura mais baixa desde março de 2017 e ficou mais abaixo do esperado em uma pesquisa da Reuters com analistas, de uma queda menos pronunciada para 102,7.

Dados separados do órgão nacional de estatística da França mostraram nesta terça-feira que a confiança industrial na segunda maior economia da zona do euro caiu para 109 pontos em abril, abaixo do resultado revisado de 110 pontos para março.

"Definitivamente, há uma desaceleração e o euro não está ajudando", disse Ion-Marc Valahu, gerente de fundos da Clairinvest.

"Se o Banco Central Europeu quiser normalizar os juros, o euro só vai disparar e ele está encontrando dificuldades para derrubar o euro com sucesso."

Na Itália, a terceira maior economia da Zona do Euro, o sentimento entre as empresas também caiu em meio ao impasse político depois de eleições nacionais inconclusivas sete semanas atrás.

(Por Michael Nienaber)