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CSN dá folga para pessoal administrativo em usina no RJ, mantém produção

28/05/2018 13h04

SÃO PAULO (Reuters) - A CSN concedeu folga para a maior parte da equipe administrativa de sua usina siderúrgica em Volta Redonda (RJ) nesta segunda-feira, mas mantém a produção inalterada, afirmaram fontes próximas da companhia.

A usina, que tem capacidade para cerca de 6 milhões de toneladas de aço por ano, tem infraestrutura integrada com transporte ferroviário para chegada de insumos, mas está enfrentando dificuldades na entrega do material acabado aos clientes, diante dos protestos de caminhoneiros, disse uma das fontes.

"Vai ter reunião hoje para avaliar os próximos dias. O que afeta mais é a questão da entrega dos produtos, que é por via rodoviária", disse a fonte. "As entregas estão paradas, mesmo que os caminhões voltem hoje, ainda tem entrega acumulada para ser feita", acrescentou.

Procurado, o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense informou que a usina segue produzindo em ritmo normal e confirmou que os funcionários administrativos do complexo que produz aços planos e longos foram dispensados, diante de dificuldades no transporte público causadas pela greve dos caminhoneiros.

As ações da CSN tinham baixa de mais de 8 por cento às 13:03, enquanto o Ibovespa mostrava queda de 3,95 por cento.

Analistas do BTG Pactual afirmaram em nota a clientes, citando um "exercício teórico", que a cada cinco dias úteis de greve o impacto nas vendas das siderúrgicas brasileiras listadas seriam: "no caso da Usiminas, perda seria de 50 milhões de reais no trimestre, ou 7 por cento do Ebitda; Gerdau teria impacto de 4 por cento e CSN de 3 por cento".

Procurada, a CSN não pode comentar o assunto de imediato.

"Seguimos com leitura positiva para o setor (siderúrgico) após as vendas recentes, apesar de entendermos que o risco no curto prazo aumentou bastante pelas incertezas da greve", acrescentaram os analistas do BTG.

Na semana passada, a Usiminas decidiu abafar o alto forno 1 da usina de Ipatinga (MG), que havia sido reaberto em abril, em meio aos impactos da greve dos caminhoneiros, informou o sindicato local à Reuters.

(Por Alberto Alerigi Jr., com reportagem adicional de Paula Arend Laier)