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Merkel e Macron fecham acordo sobre orçamento da zona do euro em "novo capítulo" para o bloco

19/06/2018 13h03

BERLIM (Reuters) - A chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Emmanuel Macron concordaram nesta terça-feira em criar um orçamento da zona do euro voltado para estímulo a investimentos no bloco e na promoção de convergência econômica entre seus 19 países.

Os líderes se encontraram em preparação para uma cúpula de líderes da União Europeia nos dias 28 e 29 de junho, com Macron interessado em introduzir uma ampla gama de reformas para fortalecer a zona do euro e insular a moeda única de futuras crises, enquanto Merkel tem sido mais cautelosa.

Merkel disse que a reforma da zona do euro era o assunto mais difícil durante as conversas deles no retiro de Meseberg, nas cercanias de Berlim, onde eles também abordaram políticas migratória, externa e de defesa.

"Estamos abrindo um novo capítulo", disse Merkel, após as conversas.

"Estamos trabalhando para garantir que o orçamento da zona do euro vai ser usado para fortalecer investimentos, e também com o objetivo de fortalecer a convergência dentro da zona do euro", ela acrescentou. "Porque nós sabemos que uma união econômica e monetária só pode permanecer intacta se as políticas econômicas convergirem."

Enquanto a economia europeia acelerou e não há nenhum sinal imediato de estresse financeiro, muitos analistas defendem que reformas são necessárias para proteger a moeda única.

Merkel, sob pressão interna onde seus conservadores se dividem sobre como reduzir a chegada de migrantes, disse que ela estava otimista que seu governo e o parlamento dariam apoio às reformas da zona do euro.

"Temos um rascunho para a nova zona do euro e isso é realmente uma coisa boa, eu diria", afirmou ela

Macron disse que o novo orçamento conjunto da zona do euro combinado entre eles seria operacional em 2021.

Detalhes do orçamento, incluindo o valor e se ele seria financiado por fontes nacionais ou um imposto em todo o bloco, seriam discutidos entre ministros antes do fim do ano, disse ele.

(Por Paul Carrel e Michael Nienaber)