Opep fica mais próxima de aumentar produção de petróleo; apoio do Irã é essencial
Por Ahmad Ghaddar e Vladimir Soldatkin e Ernest Scheyder
VIENA (Reuters) - A Opep ficou mais próxima nesta quinta-feira de aumentar a produção de petróleo, com o Irã suavizando sua oposição a um aumento e a Arábia Saudita alertando sobre escassez de oferta e alta dos preços caso a produção permaneça estável.
Um aumento de produção de cerca de 1 milhão de barris por dia (bpd) ou cerca de 1 por cento da oferta global estava emergindo como um consenso para o grupo e seus aliados, disseram fontes da Opep à Reuters, acrescentando que o Irã poderia concordar sob certas condições.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo se reúne na sexta-feira para decidir a política de produção em meio a pedidos de grandes consumidores, como Estados Unidos, China e Índia, para reduzir os preços do petróleo e sustentar a economia mundial produzindo mais petróleo.
A Rússia, que não faz parte da Opep, propôs que os produtores elevassem a produção em 1,5 milhão de bpd. O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse nesta quinta-feira que o mundo precisa de pelo menos 1 milhão de bpd extras para evitar uma escassez no segundo semestre de 2018.
A Opep e seus aliados vêm desde o ano passado participando de um acordo para reduzir a produção em 1,8 milhão de bpd. A medida ajudou a reequilibrar o mercado nos últimos 18 meses e elevou os futuros do petróleo para cerca de 73 dólares por barril, ante 27 dólares em 2016.
Mas interrupções inesperadas na Venezuela, Líbia e Angola levaram efetivamente os cortes de oferta para cerca de 2,8 milhões de bpd nos últimos meses. A produção do Irã também deve cair no segundo semestre deste ano devido às novas sanções dos EUA.
O Irã, o terceiro maior produtor da Opep, até agora tem sido a principal barreira para um novo acordo, conforme afirmou na terça-feira que a Opep provavelmente não conseguiria chegar a um acordo e devia rejeitar a pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, para extrair mais petróleo.
(Por Ahmad Ghaddar, Vladimir Soldatkin e Ernest Scheyder)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.