China diz que irá responder após EUA ameaçarem novas tarifas sobre US$ 200 bi em produtos
PEQUIM/WASHINGTON (Reuters) - A China acusou os Estados Unidos de intimidação e alertou que vai responder depois que o governo norte-americano elevou o tom na disputa comercial, ameaçando com tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses.
O Ministério do Comércio da China afirmou nesta quarta-feira (11) que está "chocado" e que irá reclamar junto à Organização Mundial do Comércio, mas não afirmou imediatamente como vai retaliar. Em comunicado, chamou as ações dos EUA de "completamente inaceitáveis".
O Ministério das Relações Exteriores descreveu as ameaças de Washington como "intimidação típica" e disse que a China precisa contra-atacar para proteger seus interesses.
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"Essa é uma luta entre unilateralismo e multilateralismo, protecionismo e livre comércio, poder e regras", afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, nesta quarta-feira.
Pequim afirma que vai responder contra as medidas tarifárias de Washington, incluindo através de "medidas qualitativas", uma ameaça que empresas norte-americanas na China temem que possa significar algo como inspeções mais duras ou atrasos em aprovações de investimentos ou mesmo boicotes ao consumidor.
Os US$ 200 bilhões superam de longe o valor total de bens que a China importa dos EUA, o que significa que Pequim pode precisar pensar em maneiras criativas de responder a tais medidas dos EUA.
Lista de importações
Na terça-feira, autoridades dos EUA divulgaram uma lista de milhares de importações chinesas que o governo norte-americano quer atingir com as novas tarifas, incluindo centenas de produtos alimentícios, além de tabaco, químicos, carvão, aço e alumínio, provocando críticas de alguns grupos industriais dos EUA.
"Por mais de um ano, a administração (do presidente Donald) Trump pediu pacientemente à China que pare com suas práticas injustas, abra seu mercado e se empenhe em competição legítima de mercado", disse o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, ao anunciar as tarifas propostas.
"Em vez de tratar de nossas preocupações legítimas, a China começou a retaliar contra os produtos dos EUA...Não há justificativa para tal ação", completou ele em comunicado.
Na semana passada, Washington impôs tarifas de 25% sobre US$ 34 bilhões em importações chinesas, e Pequim respondeu imediatamente com tarifas equivalentes sobre o mesmo volume de exportações dos EUA para a China.
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