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PDT conversa com PSB e PCdoB, mas está em compasso de espera pela decisão dos dois partidos

24/07/2018 20h56

Por Lisandra Paraguassu e Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - Depois de perder os cinco partidos do blocão, O PDT concentra esforços em possíveis alianças com PSB e PCdoB, mas está em compasso de espera pela decisão dos socialistas, que só deve ser tomada na reunião do diretório nacional, no próximo dia 30.

"Está tudo em compasso de espera. Esperamos no dia 30 um indicativo do PSB", disse à Reuters o presidente do partido, Carlos Lupi.

Ele confirma ainda as conversas com o PCdoB, mas diz que são feitas com muito cuidado. "Eles têm uma candidata de quem nós gostamos muito. Essa conversa é muito delicada", afirmou.

O PCdoB ainda tenta decidir qual caminho tomar. Na segunda-feira, em conversa com jornalistas em João Pessoa a pré-candidata do partido, Manuela D'Ávila, afirmou que continuava na disputa, já que não via a possibilidade da formação da frente de esquerda que defende. O partido também é objeto de desejo do PT.

Do lado do PSB, a situação ainda está indefinida. De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, há uma grupo maior do partido que defende ou ao menos não vê problemas em uma aliança com Ciro --posição defendida pelo presidente do partido, Carlos Siqueira.

Por questões regionais, um grupo menor prefere que o partido não faça alianças no primeiro turno. É o caso de São Paulo, onde o governador Márcio França, candidato à reeleição, gostaria de apoiar à Presidência o tucano Geraldo Alckmin.

E há ainda o diretório de Pernambuco, que gostaria de ver a aliança com o PT --possibilidade cada vez mais remota-- para tirar do caminho do governador Paulo Souto, candidato à reeleição, a petista Marília Arraes, sobrinha de Eduardo Campos.

A decisão só deve ser tomada mesmo no dia 30.