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Lucro do Bradesco sobe 9,7% no 2º tri, a R$ 5,16 bi

Aluísio Alves

26/07/2018 07h23

SÃO PAULO, 26 Jul (Reuters) - O Bradesco (BBDC4) teve lucro quase 10% maior no segundo trimestre, apoiado na robusta melhora no resultado de seguros e em menores despesas com provisões para calotes, linha para a qual o banco previu perdas menores em 2018.

A segunda maior instituição financeira privada do país anunciou nesta quinta-feira (26) que teve lucro líquido ajustado de R$ 5,161 bilhões de abril a junho, alta de 9,7% ante mesmo período de 2017.

O trimestre foi marcado por um repique na carteira de crédito, após vários trimestres em retração. No fim de junho, a carteira expandida de empréstimos do Bradesco era de R$ 515,6 bilhões, um salto sequencial de 6% e de 4,5% na comparação anual.

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O movimento foi puxado por um inesperado aumento de 7,8% do financiamento para empresas na comparação trimestre anterior, a R$ 332,8 bilhões. Só para grandes clientes dessa faixa, houve um aumento de R$ 21 bilhões.

E, embora os desembolsos também tenham crescido em todas as principais faixas, incluindo avanço sequencial de 2,8% na carteira para pessoas físicas, a margem financeira caiu para R$ 15,1 bilhões, recuo de 5,1% em um ano e de 3,8% em três meses, num ambiente de queda dos juros.

Esse revés, porém, foi mais que compensado com desempenhos robustos em outras receitas. As receitas com tarifas, por exemplo, chegaram a R$ 8,12 bilhões, um avanço de 8,3% em 12 meses. Além disso, o resultado com seguros subiu 23,8% também no comparativo anual, para R$ 2,2 bilhões.

Na outra ponta, a PDD expandida, que computa as despesas do banco com provisões para perdas esperadas com inadimplência, incluindo baixas contábeis de ativos e subtraindo receitas com recuperação de crédito, foi 36,1% menor do que em igual etapa de 2017, para R$ 3,44 bilhões.

Calotes

Com o perfil da carteira mostrando contínuos sinais de melhora -- o índice de inadimplência acima de 90 dias caiu a 3,92, o menor índice em 11 trimestres -- o Bradesco reduziu sua previsão de PDD expandida em 2018, da faixa de R$ 16 bilhões a R$ 19 bilhões para o intervalo de R$ 13 bilhões a R$ 16 bilhões.

O banco, por outro lado, também reduziu sua previsão de alta dos prêmios de seguros neste ano, do intervalo de 4% a 8% para o de 2% a 6%.

No conjunto, o Bradesco teve rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido, índice de que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas, de 18,4% no trimestre, 0,3 ponto percentual maior sobre um ano antes, embora tenha recuado 0,1 ponto na base sequencial.

Na véspera, o Santander Brasil mostrou alta anual de 29,6% do lucro do segundo trimestre, apoiado no mix de crescimento do crédito, menos despesas com provisões para calotes e maiores receitas com tarifas.