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Ibovespa fecha em alta com exterior e ajuste; cautela com eleições permanece

24/08/2018 17h48

SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice acionário da B3 fechou em alta nesta sexta-feira, com uma pausa de investidores nas vendas após quedas recentes, embora o tom de cautela siga no radar em meio a incertezas com o cenário eleitoral local.

O Ibovespa subiu 0,83 por cento, a 76.262,23 pontos, acumulando ganho modesto de 0,31 por cento na semana. O giro financeiro do pregão foi de 7,61 bilhões de reais.

A alta foi amparada principalmente no ganhos de bancos privados e de empresas de commodities como Vale e Petrobras, papéis de alta liquidez e de peso relevante no índice.

Para profissionais de renda variável, o movimento não indica reversão de tendência, uma vez que a volatilidade com o cenário eleitoral deve continuar ditando o rumo dos negócios.

"À medida que a eleição for se aproximando e o cenário ficar um pouco mais claro vamos conseguir entender um pouco melhor e será mais fácil identificar uma tendência. No curto prazo a situação é de volatilidade e incerteza", disse o sócio analista da Eleven Financial Raphael Figueredo.

Nos Estados Unidos, Wall Street subiu após o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, defender o ritmo atual de altas de juros nos Estados Unidos. Com isso, o S&P 500 fechou em alta de 0,62 por cento.

- PETROBRAS PN subiu 1,95 por cento e PETROBRAS ON ganhou 0,57 por cento, em dia de alta dos preços globais do petróleo no mercado, diante de sinais de que sanções dos EUA ao Irã estão reduzindo a oferta do produto.

- CSN ON avançou 2,5 por cento, tendo no radar a notícia de que a empresa vai reajustar preços do aço para a rede de distribuição, indústria e construção civil em 10,25 por cento a partir de 3 de setembro.

- USIMINAS PNA ganhou 1,75 por cento, diante da expectativa pela venda da sua fatia na Musa, joint venture de mineração em Minas Gerais. Para a equipe da Guide Investimentos, a medida deve ajudar a melhorar a estrutura de capital da Usiminas.

- VALE ON subiu 1,5 por cento, em dia positivo para os contratos do minério de ferro na China.

- ITAÚ UNIBANCO PN avançou 0,75 por cento e BRADESCO PN teve alta de 0,89 por cento, recuperando-se das quedas da véspera.

- ULTRAPAR ON perdeu 1,62 por cento, após o UBS cortar a recomendação dos papéis para "neutra" e reduzir o preço-alvo para de 84 para 46 reais.

- FIBRIA ON caiu 1,18 por cento, enquanto SUZANO PAPEL E CELULOSE ON anulou as perdas vistas mais cedo e fechou em alta de 1,17 por cento, após o jornal O Estado de S.Paulo publicar que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) avalia impor "remédios" à fusão entre as duas empresas.

(Por Flavia Bohone)