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Produção do pré-sal completa 10 anos com alta de 7% no 1º semestre ante 2017

Marta Nogueira

03/09/2018 18h41

RIO DE JANEIRO, 3 Set (Reuters) - A produção operada de petróleo da Petrobras na importante região do pré-sal completou 10 anos, com volume médio de 1,376 milhão de barris por dia (bpd) no primeiro semestre deste ano, 7 por cento superior a média diária de todo o ano passado, apontou a petroleira em nota nesta segunda-feira.

A produção do pré-sal, que praticamente dobrou desde 2015, tem sustentado a extração de petróleo do Brasil, uma vez que campos maduros em bacias como a de Campos estão em declínio.

Em 27 de abril de 2018, com 21 plataformas em operação, a produção operada pela empresa, que inclui participação de sócios, alcançou uma marca de 1,5 milhão de bpd, destacou a petroleira, montante maior que a produção de importantes países produtores, como Reino Unido e Omã, cada um com produção média de 1 milhão de bpd em 2017.

A expectativa é que o volume produzido no pré-sal aumente progressivamente até 2022, com a entrada em operação de mais 13 plataformas e investimentos da ordem de 35 bilhões de dólares, de acordo com previsões do atual plano de negócios e gestão da Petrobras 2018-2022.

"De cada quatro projetos de produção da Petrobras programados para os próximos anos, três serão instalados nessa camada", disse a petroleira na nota.

A empresa enfatizou ainda que, em uma década, a produção no pré-sal gerou 40 bilhões de reais em participações governamentais --incluindo participações especiais e royalties.

A previsão, segundo a petroleira, é gerar mais 130 bilhões de reais em participações governamentais a partir da produção nessa província até 2022.
O início da produção do pré-sal ocorreu em setembro de 2008, no campo de Jubarte, na porção capixaba da Bacia de Campos. Atualmente, os 36 poços mais produtivos do pré-sal estão localizados na importante província.

"Para se ter ideia, cada poço no pré-sal produz, em média, 27 mil bpd, acima da média da indústria offshore --sendo que no campo de Sapinhoá, por exemplo, apenas um poço atingiu o recorde de 42 mil bpd", disse a Petrobras, destacando que o pré-sal é hoje uma das áreas produtoras mais competitivas da indústria mundial.

"Nossos resultados no pré-sal são fruto da evolução do nosso ciclo de aprendizado e da cultura de inovação enraizada na companhia desde a sua criação", disse em nota a diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes.

Segundo dados da Petrobras, a média de tempo utilizado para a construção de um poço marítimo no pré-sal da Bacia de Santos caiu de 300 dias, em 2010, para 100 dias em 2017.

Além disso, o foco na otimização dos custos operacionais e na aceleração da produção, com a alta produtividade dos poços, tem se traduzido em um custo médio de extração abaixo de 7 dólares por barril de óleo equivalente, segundo a Petrobras.

(Edição de Roberto Samora)