Café arábica toca mínima desde 2005 na ICE e açúcar bruto continua declínio
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros do café arábica na ICE recuaram pela quarta sessão consecutiva, para tocar suas mínimas em quase 13 anos nesta terça-feira, pressionados pela ampla oferta brasileira, enquanto os preços do açúcar bruto estenderam as perdas.
O contrato dezembro do café arábica caiu 1,45 centavo de dólar, ou 1,5 por cento, para 95,85 centavos de dólar por libra-peso, depois de atingir 95,10 centavos de dólar, sua mínima desde dezembro de 2005.
Os preços fecharam abaixo do 1 dólar, um nível-chave de suporte psicológico, pelo terceiro pregão seguido.
A ampla oferta pesou sobre o mercado, disseram os operadores.
O governo do Brasil, maior produtor do mundo, aumentou nesta terça-feira sua previsão para a safra de 2018 do país, para um recorde de 59,9 milhões de sacas de 60 quilos, citando uma grande produtividade.
A contínua depreciação do real continuou em foco, já que encoraja a venda por produtores de commodities atreladas ao dólar.
O café robusta para novembro teve alta de 13 dólares, ou 0,9 por cento, a 1.492 dólares por tonelada.
O contrato outubro do açúcar bruto perdeu 0,11 centavo de dólar, ou 1 por cento, a 10,52 centavos de dólar por libra-peso, depois de tocar 10,43 centavos de dólar, sua mínima em mais de duas semanas.
Os preços recuaram 9 por cento nas últimas duas sessões, por receios sobre um possível aumento nos embarques da Índia, que está considerando novos incentivos de exportação.
"A Índia tem o potencial para inundar o mercado mundial com quantidades consideráveis de açúcar", disse a Commerzbank em nota. "Atualmente, isso está sugando qualquer indício de sustentação de preços".
O açúcar branco para dezembro fechou em queda de 1 dólar, ou 0,3 por cento, a 329,10 dólares por tonelada.
(Por Ayenat Mersie e Ana Ionova)
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